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19/07/2010 - 10h36

Sobe para 61 número de mortos em colisão de trens na Índia

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DE SÃO PAULO

Um novo balanço das autoridades eleva para 61 o número de mortos na colisão entre dois trens no Estado de Bengala Ocidental, no leste da Índia. A causa da tragédia ainda é desconhecida, mas ministros indianos falam em negligência ou sabotagem por rebeldes maoístas.

Veja galeria de imagens do acidente

O número de mortos ainda pode aumentar, enquanto equipes de resgate vasculham as ferragens destorcidas em busca de sobreviventes.

Por volta das 2h de segunda-feira (17h30 de domingo em Brasília), o trem expresso Uttar Banga, que se dirigia para Calcutá, se chocou com o trem Vananchal Express, que estava parado na estação de Sainthia, no distrito de Birbhum, 200 km ao norte da capital de Bengala Ocidental. O Uttar Banga deveria ter freado para uma parada na estação.

AP
Equipes de resgate tentam encontrar sobreviventes nos escombros de dois trens que colidiram na Índia
Equipes de resgate tentam encontrar sobreviventes nos escombros de dois trens que colidiram na Índia

O impacto foi tamanho que um dos vagões do trem que estava parado foi lançado no ar e ficou pendurado de uma ponte sobre a ferrovia.

"O balanço pode superar os 70 mortos", declarou o ministro do governo de Bengala Ocidental, encarregado dos serviços de resgate, Murtaza Hussain. Segundo a polícia, mais de 160 pessoas ficaram feridas, muitas delas com gravidade.

CAUSAS

O ministro da Defesa Civil de Bengala Ocidental, Srikumar Mukherjee, disse que a colisão foi causada por uma negligência. "Não se trata de um ato de sabotagem. É um trágico acidente que aconteceu por causa de uma negligência por parte da administração das ferrovias".

Já a ministra de Ferrovias, Mamata Banerjee, especula que possa ser outro episódio de sabotagem. Há menos de dois meses, uma outra colisão de trens deixou ao menos 148 mortos em uma ação atribuída aos rebeldes maoístas, ativos na região.

"Continuamos buscando elementos e tomaremos todas as medidas necessárias para descobrir quem está por trás desta catástrofe", declarou à imprensa Banerjee.

PÂNICO

"Estava dormindo na cama de cima quando aconteceu um enorme impacto, como uma explosão. Fui jogado da cama e as pessoas começaram a gritar, havia um pânico total", contou um dos sobreviventes ao canal de TV Times Now.

AP
Curiosos observam trabalho de resgate em colisão de trens; impacto foi tão forte que lançou vagão sobre ponte
Curiosos observam trabalho de resgate em colisão de trens; impacto foi tão forte que lançou vagão sobre ponte

Outra sobrevivente, Rajni Dhar, declarou ter ouvido um barulho horrível antes de desmaiar. "Quando recuperei a consciência, pedi ajuda e fui tirada do compartimento", contou.

Muitos dos mortos se encontravam na parte traseira do trem parado, em vagões sem reservas e habitualmente superlotados.

"Os passageiros que morreram viajavam em compartimentos sem reserva, por isso não dispomos de seus nomes ou de informações essenciais para entrar em contato com seus parentes", explicou Sunil Banerjee, funcionário do tráfego ferroviário.

INDENIZAÇÃO

A ministra Banerjee informou ainda que o governo pagará 500 mil rúpias (cerca de R$ 18.900) às famílias dos mortos e 100 mil rúpias (cerca de R$ 3.800) para familiares dos feridos.

Após assumir o cargo ministerial no ano passado, Banerjee anunciou planos de modernização das Ferrovias Indianas, que têm uma antiquada rede de 100 mil quilômetros de extensão e empregam 1,65 milhão de pessoas.

As ferrovias indianas, administradas pelo Estado, transportam todos os dias 18,5 milhões de pessoas e continuam sendo o principal meio de transporte em longas distâncias neste imenso país, apesar da concorrência crescente de novas companhias privadas.

A cada ano acontece cerca de 300 acidentes ferroviários na Índia, a maioria causada por falta de manutenção.

COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

 

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