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29/07/2010 - 09h15

Ataques deixam ao menos quatro mortos e 22 feridos no Iraque

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DA FRANCE PRESSE, EM BAGDÁ

Ao menos quatro soldados iraquianos ficaram feridos após ataques realizados no norte e no centro do Iraque, informaram fontes do governo.

No atentado mais grave, realizado com carro-bomba próximo a uma base militar em Ach-Charqat, três soldados foram mortos e ao menos 12 ficaram feridos.

Em Faluja, reduto dos insurgentes, um soldado morreu e outras cinco pessoas ficaram feridas após a explosão de uma bomba acoplada a uma moto.

O oficial agregou que ao leste de Faluja outra bomba escondida perto de um posto de controle militar.

Estima-se que ao menos 10.000 soldados e policiais morreram desde a invasão do Iraque pelos Estados Unidos em 2003.

INVASÃO

Ainda na terça-feira o ex-inspetor de armas da ONU (Organização das Nações Unidas) Hans Blix disse que alertou em 2003 os Estados Unidos e o Reino Unido sobre sua falta de convicção na existência de armas de destruição em massa no Iraque, o que não dissuadiu Londres e Washington de invadirem o país.

Blix disse a uma comissão de inquérito britânica que o Iraque em 2003 não era uma ameaça ao mundo, e que os anos de anarquia como consequência da invasão podem ter sido piores do que a tirania exercida antes pelo ditador Saddam Hussein.

"O Iraque estava em perigo em 2003? Não estava em perigo. Eles estavam praticamente prostrados (...). Em vez disso o que eles tiveram foi um longo período de anarquia. E uma conclusão que eu tentaria tirar é de que a anarquia pode ser pior que a tirania", disse ele.

Na época da invasão, os EUA e o Reino Unido argumentavam que o regime de Saddam possuía armas de destruição em massa, que no entanto jamais foram encontradas. O inquérito tem questionado duramente a invasão realizada por norte-americanos e britânicos.

EMBRIAGADOS

Blix há anos critica a decisão de invadir o Iraque. Ele disse no inquérito que os EUA pareciam "embriagados" com seu poderio militar, e que o cronograma americano estava "fora de sincronia" com o cronograma diplomático, já que sua equipe precisaria de mais tempo para realizar inspeções no Iraque.

"Conversei com o (então) primeiro-ministro (Tony) Blair em 20 de fevereiro de 2003, e disse que ainda achava que havia itens proibidos no Iraque, mas ao mesmo tempo nossa crença na inteligência (informações sobre a existência de armas) havia sido enfraquecida", disse Blix.

"Eu disse a mesma coisa a Condoleezza Rice (então secretária de Estado dos EUA). Certamente dei alguns alertas de que as coisas haviam mudado", acrescentou.

Antes da invasão, Blix havia criticado o regime iraquiano pela falta de transparência a respeito de seus programas militares, mas ele alegou que isso não poderia servir como justificativa para a invasão.

ONU

Os EUA e o Reino Unido tentaram convencer o Conselho de Segurança da ONU a aprovar a invasão do Iraque. Sem sucesso, alegaram que resoluções anteriores do Conselho já justificavam a invasão.

"Quando (Rice) diz que a ação militar simplesmente estava mantendo a autoridade do Conselho de Segurança, isso me parece totalmente absurdo", declarou Blix.

O sucessor de Blair, Gordon Brown, determinou no ano passado a realização do inquérito para tirar lições da guerra do Iraque. A comissão é presidida pelo ex-servidor público John Chilcot

 

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