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França quer compromisso moral por escrito em troca de cidadania
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DA EFE, EM PARIS (FRANÇA)
O governo da França pretende pedir aos estrangeiros que quiserem se tornar cidadãos do país para que assumam um compromisso por escrito com suas leis e valores.
Esta é uma das medidas do projeto de lei sobre imigração preparado pelo Executivo francês e que, em termos gerais, "reforça a solenidade da aquisição da nacionalidade francesa", anunciou hoje o ministro encarregado desta pasta, Eric Besson, em entrevista ao diário "Le Figaro".
Segundo Besson, cada estrangeiro que se naturalizar francês se comprometerá por escrito a respeitar valores como laicismo e igualdade.
Ele não explicou quais as consequências desta lei na prática --como, por exemplo, no uso de véus muçulmanos integrais por mulheres, decretados pelo presidente Nicolas Sarkozy como um desrespeito à mulher.
Mas, apesar do projeto de lei só começar a ser discutido em setembro, o ministro disse já ter recusado três pedidos de naturalização porque os solicitantes declararam não reconhecer o laicismo ou admitiram que obrigam suas mulheres a usar o véu.
O Senado francês deve votar em cerca de um mês o projeto de lei, já aprovado pelos deputados, para banir o uso dos véus muçulmanos que cobrem o rosto --a burca e o niqab, que deixa os olhos a vista-- nas ruas e locais públicos do país.
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O texto da lei incluirá também a proposta anunciada na semana passada pelo presidente para que os jovens menores de idade que tenham cometido algum delito não possam obter a cidadania francesa de forma automática quando alcançarem a maioridade.
Sarkozy propôs também retirar a cidadania francesa dos estrangeiros que tenham atentado "voluntariamente" contra autoridades, o que inclui um funcionário de polícia, um militar da gendarmaria ou outra pessoa depositária de autoridade pública.
Outro item estudado é a inclusão da perda da cidadania em caso de poligamia ou ablação --remoção de uma parte do corpo--, embora o ministro admita que o artigo é complexo em nível jurídico.
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