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Irã diz que EUA alertaram judeus de ataque do 11 de Setembro
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DA REUTERS, EM TEERÃ (IRÃ)
O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, afirmou neste sábado que os Estados Unidos alertaram os judeus um dia antes dos ataques de 11 de setembro de 2001 e que por isso nenhum "sionista" morreu no World Trade Center.
Abrindo mais uma frente de atrito com os EUA, Ahmadinejad afirmou que os ataques foram exacerbados por Washington e usados como desculpa para invadir o Iraque e o Afeganistão.
Falando em uma conferência em Teerã, ele declarou não haver evidência de que o saldo de mortos no World Trade Center foi tão alto quanto o relatado.
"Qual foi a história do 11 de Setembro? Durante cinco ou seis dias, e com a ajuda da mídia, eles criaram e prepararam a opinião pública para que todos considerassem um ataque contra o Afeganistão e o Iraque como seu direito", disse em discurso televisionado.
"Eles anunciaram que 3 mil pessoas foram mortas nesse incidente, mas não houve relatos que relevassem seus nomes. Talvez vocês tenham visto, mas eu não", acrescentou em entrevista à mídia iraniana.
Um total de 2.995 pessoas perderam a vida nos atentados, incluindo 19 sequestradores e todos os passageiros e tripulantes dos quatro aviões usados no ataque, de acordo com cifras oficiais do governo norte-americano. Os EUA culparam a Al Qaeda, liderada pelo fundamentalista Osama bin Laden, pelos ataques.
Há uma lista com os mortos de mais de 90 países no 11 de Setembro disponível na Internet.
Ahmadinejad acusou ainda o governo dos EUA de exercer maior censura sobre a mídia do que qualquer outro país do mundo.
Na semana passada, Ahmadinejad desafiou Obama a um debate na TV sobre temas globais durante sua visita à Assembleia Geral das Nações Unidas em setembro.
Obama sinalizou na quinta-feira estar disposto a conversar com a República Islâmica e buscar "uma série de passos claros que consideraríamos suficientes como prova de que não desejam armas nucleares".
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