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09/08/2010 - 07h58

Indonésia prende clérigo radical por terrorismo

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A polícia de elite antiterror da Indonésia prendeu nesta segunda-feira o influente clérigo radical muçulmano Abu Bakar Bashir, por suspeita de vínculos com um grupo acusado de planejar ataques terroristas contra estrangeiros e assassinato de pessoas do alto escalão.

Bashir, 71, já foi detido duas vezes e passou vários anos na prisão. Desta vez, ele foi preso na zona oeste da ilha de Java e levado para a sede da polícia em Jacarta, sob forte segurança.

"Os Estados Unidos estão por trás disso", gritou o clérigo, que usava a tradicional roupa branca. "Esta prisão é uma benção. Alá vai me recompensar".

Bashir é considerado um dos líderes espirituais do movimento islamita radical na Indonésia. Ele foi apresentado como emir da Jemaah Islamiyah, uma rede clandestina regional fundada em 1993 que planeja impor um Estado islâmico no sudeste asiático. O grupo é responsável pelos ataques em Bali, em 2002, que mataram 202 pessoas.

Outros cinco suspeitos foram presos e explosivos foram apreendidos no fim de semana, em várias operações em Java.

A polícia não revelou quem são os outros suspeitos detidos ou o motivo das prisões. O presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, afirmou no sábado que um plano de atentado contra ele havia sido desmantelado, sem revelar mais detalhes.

Bashir passou dois anos e meio na prisão por seu papel nos atentados de Bali, antes de sua condenação ser anulada. Após a sua libertação em 2006, começou a realizar sermões em todo o país solicitando a criação de um Estado islâmico e proferindo ódio contra os estrangeiros.

Recentemente, Bashir formou um novo grupo radical, o Jemaah Ansharut Tauhid, descrito pelo International Crisis Group como uma organização que abriga indivíduos com ligações conhecidas com extremistas fugitivos.

Bashir voltou a ficar sob vigilância da polícia em maio, depois de três membros de seu grupo terem sido presos por angariar fundos para um novo grupo autodenominado Al Qaeda na Província de Aceh --que inclusive tinha criado um campo de treinamento de militantes islâmicos no país.

A célula foi acusada de planejar ataques com armas em hotéis de luxo na capital, em uma ação similar aos atentados de Mumbai, na Índia, em novembro de 2008, quando dez homens armados invadiram a cidade e deixaram 166 mortos.

O grupo também foi acusado de planejar vários assassinatos de alto perfil, incluindo o presidente Yudhoyono.

 

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