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09/08/2010 - 12h26

Dois dias após deixar Presidência colombiana, Uribe diz que Chávez é covarde

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Após entregar o cargo de líder da Colômbia a Juan Manuel Santos no último sábado (7), o ex-presidente Álvaro Uribe criticou o líder venezuelano Hugo Chávez e o chamou de "covarde" por fazer "insultos à distância" e defini-lo como "lacaio do império" [norte-americano].

Em sua conta no Twitter, Uribe mudou sua biografia para "ex-presidente da República da Colômbia" e publicou no domingo uma mensagem a Chávez.

O presidente venezuelano se reunirá nesta terça-feira com o novo líder colombiano, Juan Manuel Santos, para tentar normalizar as relações bilaterais.

"Notifico ao presidente Hugo Chávez para que deixe de ser covarde fazendo insultos à distância", assinalou Uribe.

O líder venezuelano acusou Uribe neste sábado (7) de ser "o lacaio do Império que durante oito anos levou a Colômbia por caminhos de sangue, de guerra e de morte, e destroçou as relações internacionais, o direito internacional, a soberania dos povos e o respeito entre os governos".

CRISE COLÔMBIA-VENEZUELA

Com a posse de Santos na Colômbia, a solução para a crise entre Bogotá e Caracas passará a uma nova etapa. Os dois líderes, Hugo Chávez e Juan Manuel Santos, concordaram em se encontrar para uma reunião na capital colombiana já nesta terça-feira (10).

A informação foi dada neste domingo pela chanceler colombiana, María Ángela Holguín.

Holguín fez o anúncio depois de se reunir por cerca de três horas com seu colega venezuelano, Nicolás Maduro, em uma reunião que qualificou como "um primeiro passo" para o restabelecimento das relações bilaterais. "Foi um diálogo franco e direto com o objetivo de os dois países restabelecerem as relações com transparência", completou.

Maduro disse, por sua vez, que "estamos muito satisfeitos em relação aos temas que começamos a trabalhar". "Vamos atuar da forma que devemos atuar, de maneira transparente", completou, para logo declarar que o diálogo deve ser "franco e direto".

O chanceler explicou que os presidentes deverão analisar o documento que ele e Holguín prepararam, e disse que "eles terão a possibilidade de conversar e tomar as decisões que favoreçam em maior nível as relações de nossos países".

CUMPRIMENTOS

Depois do anúncio dos chanceleres em Bogotá, Santos cumprimentou a decisão de Chávez de ir à Colômbia, e disse esperar que dessa reunião "possamos tirar conclusões que nos levem a normalizar as relações entre os dois países".

O fim dos laços diplomáticos entre os países foi anunciado por Caracas em 22 de julho, no momento em que a gestão de Uribe apresentava à OEA (Organização dos Estados Americanos) a denúncia de que o governo venezuelano abrigaria cerca 1.500 guerrilheiros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e do ELN (Exército de Libertação Nacional) em ao menos 87 acampamentos em território venezuelano.

Após a demonstração positiva de Santos, Chávez disse que poderia "virar a página" e avançar em um diálogo com o novo colega. Hoje, em um novo sinal de aproximação, ele fez um chamado às guerrilhas colombianas por um acordo de paz e pela libertação de todos os reféns que são ainda mantidos em cativeiro.

"À guerrilha é preciso fazer um chamado (...). Essa guerrilha deve manifestar-se pela paz e deve libertar todos os sequestrados. Por que a guerrilha deve ter sequestrados?", questionou Chávez em seu programa dominical de Rádio e TV "Alô Presidente".

 

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