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11/08/2010 - 14h11

Após desistência dos EUA, Irã oferece apoio ao Exército do Líbano

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DA REUTERS, EM BEIRUTE (LÍBANO)

O Irã ofereceu apoio ao Exército libanês, uma semana depois de o Congresso dos EUA bloquear a ajuda financeira de US$ 100 milhões aos militares libaneses por temor de uma influência exacerbada do grupo xiita Hizbollah. O grupo é considerado terrorista por Israel e EUA, mas é apoiado por Teerã.

A oferta do Irã pode alimentar a preocupação ocidental de que o governo iraniano estaria tentando ampliar sua influência perto da fronteira norte de Israel.

O governo israelense diz que se queixou aos EUA e à França a respeito das verbas para o Exército libanês depois do conflito que resultou na morte de quatro libaneses e um oficial militar de Israel. Esse incidente foi o pior na região da fronteira desde a guerra de 2006 entre Israel e o Hizbollah.

Na segunda-feira, o embaixador iraniano em Beirute se reuniu com o comandante do Exército do Líbano, general Jean Kahwaji, e disse que seu país quer colaborar com o Exército libanês "em qualquer área que ajude os militares a cumprirem seu papel nacional na defesa do Líbano."

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, deve visitar Beirute no mês que vem.

O Departamento de Estado dos EUA afirmou que a declaração iraniana mostra a necessidade de que Washington não se distancie de Beirute.

"Achamos que as atividades, direta ou indiretamente, por parte do Irã na verdade comprometem a soberania libanesa", disse o porta-voz P.J. Crowley a jornalistas. "As declarações do Irã são expressamente a razão pela qual acreditamos que a continuidade do apoio ao governo libanês e aos militares libaneses seja do nosso interesse."

Dois parlamentares democratas disseram estar bloqueando uma verba de US$ 100 milhões já aprovada para o Exército libanês, mas ainda não entregue pelos EUA. O deputado republicano Eric Cantor defendeu que futuras ajudas sejam interrompidas enquanto o confronto deste mês é investigado.

Cantor disse que os limites entre o Hizbollah --que participa da coalizão de governo--, os militares libaneses e o governo se tornaram difusos demais.

Analistas afirmam que o Hizbollah tem uma capacidade militar muito superior à do Exército libanês, que desde 2006 recebeu mais de US$ 720 milhões em assistência norte-americana.

O ministro israelense da Defesa, Ehud Barak, considera que foi um erro equipar os militares libaneses com armas avançadas, porque elas estão sendo usadas contra o seu país.

Crowley disse não saber do uso de qualquer equipamento dos EUA durante o incidente e afirmou que o Departamento de Estado vai tentar resolver as preocupações do Congresso a respeito das verbas militares.

 

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