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Berlusconi faz gesto conciliatório e elogia postura construtiva de dissidentes
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, deu sinais de uma possível trégua com os dissidentes da sua coalizão de direita nesta quinta-feira ao elogiar a "postura construtiva" de alguns deles.
O Partido Povo da Liberdade, de Berlusconi, sofreu um racha com a saída do ex-aliado e presidente da Câmara dos Deputados, Gianfranco Fini, que criou um novo partido com 33 deputados do PdL, o suficiente para tirar a maioria que o governo tem na Casa, e dez senadores, o que reduziria a maioria governista no Senado para apenas duas cadeiras de vantagem.
A ruptura gerou a perspectiva de serem convocadas eleições antecipadas a não ser que os dois lados consigam voltar a se entender, já que, sem o grupo de Fini, Berlusconi não conta com maioria garantida no Parlamento.
Berlusconi disse na quarta-feira que alguns membros do novo grupo dissidente manifestaram uma postura construtiva e que, se isso continuar, "certamente será possível restaurar a unidade, cuja ausência só poderá levar a escolhas dolorosas e definitivas".
Daniele Capezzone, o porta-voz do PdL, disse na quinta-feira que as declarações do primeiro-ministro são "uma oferta feita aos membros mais razoáveis" do campo de Fini, que representaria uma 'última oportunidade'.
Um dos partidários mais leais de Fini, Italo Bocchino, respondeu que seu grupo está disposto a cooperar com o governo, mas exigiu o fim do que descreveu como campanha movida contra Fini pela imprensa aliada a Berlusconi.
TOM CONCILIADOR
Em contraste marcante com as farpas cada vez mais ásperas trocadas nas últimas semanas, os dois lados parecem ter falado em tom mais conciliador.
Alguns comentaristas de jornais, entretanto, disseram que a tática de Berlusconi é de tentar dividir seus rivais e atrair pelo menos alguns dos dissidentes de volta a seu lado.
O verdadeiro teste de qualquer degelo possível entre os dois lados provavelmente se dará em setembro, quando Berlusconi pretende convocar um voto de confiança na plataforma de quatro pontos. Seus aliados disseram que, se ele não conseguir apoio parlamentar suficiente para a plataforma, Berlusconi irá renunciar.
No caso de renúncia de um governo, cabe ao presidente dissolver o Parlamento e convocar novas eleições. Mas a Constituição requer que ele primeiro procure identificar uma nova maioria que possa apoiar um governo interino até as eleições previstas para 2013.
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