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27/08/2010 - 11h24

Tribunal Internacional apela à ONU por prisão de ditador do Sudão

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O Tribunal Penal Internacional informou nesta sexta-feira ao Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) que o ditador sudanês, Omar al Bashir, está em visita ao Quênia, país que ratificou o tribunal e no qual a ordem de prisão por genocídio e crimes de guerra poderia ser cumprida.

O tribunal pediu ao Conselho que tome "as medidas que pareçam adequadas".

Bashir desafia há meses a ordem de prisão, viajando por vários países africanos. Nesta sexta, ele foi ao Quênia para assistir à promulgação da nova Constituição. O governo queniano, contudo, não deve prender o ditador, um dos convidados da cerimônia, seguindo orientação da União Africana que pediu a todos os países-membros que ignorem a ordem de prisão.

Simon Maina/AFP
Ditador sudanês, Omar Al Bashir, chega ao Quênia para promulgação da nova Constituição
Ditador sudanês, Omar Al Bashir, chega ao Quênia para promulgação da nova Constituição

Antes do sudanês chegar à cerimônia, a organização de defesa dos direitos humanos com sede em Nova York Human Rights Watch (HRW) pediu às autoridades quenianas a "prisão ou o impedimento de entrada" de Bashir.

"O Quênia é um Estado integrante do TPI. O tratado que a criou, o estatuto de Roma, exige dos Estados que cooperem com a corte, o que inclui cumprir as ordens de captura", afirma a HRW em um comunicado.

Acusado desde o ano passado por crimes de guerra e crimes contra a humanidade, o presidente sudanês está, desde 12 de julho, sob uma nova ordem de prisão do TPI, desta vez por genocídio.

A região de Darfur está em guerra civil há sete anos, com um balanço de 300 mil mortos segundo a ONU, e 10 mil segundo Cartum.

Os rebeldes de Darfur também pediram ao Quênia que prenda e entregue Al Bashir.

Abdelwahid Nur, comandante do Exército/Movimento de Libertação do Sudão, um dos principais grupos rebeldes, declarou por telefone à AFP que Al-Bashir deve ser detido antes de retornar ao Sudão.

"Pedimos ao Quênia e à comunidade internacional que o detenha e o entregue à justiça internacional antes que retorne ao Sudão", declarou.

Jibril Ibrahim, dirigente do Movimento para a Justiça e a Igualdade (JEM), o grupo rebelde mais ativo militarmente, qualificou de "inaceitável" a decisão do Quênia de receber Al Bashir.

 

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