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31/08/2010 - 22h53

Hillary se reúne com líderes palestino e israelense, a 2 dias de conversas de paz diretas

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DA REUTERS

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, se reuniu com os líderes israelense e palestino separadamente nesta terça-feira, dois dias antes da retomada das negociações diretas de paz entre eles e em meio a um novo episódio de violência na Cisjordânia.

Hillary esteve com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, e também com o premiê israelense, Binyamin Netanyahu.

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Alex Brandon/AP
Hillary Clinton reuniu-se com o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, pouco após notícias de atentado
Hillary Clinton reuniu-se com o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, pouco após notícias de atentado

O líder israelense chegou a Washington logo após notícias de que quatro civis israelenses foram mortos a tiros em um ataque que o grupo radical islâmico Hamas disser ser um golpe contra o processo de paz.

"Esse tipo de brutalidade selvagem não tem espaço em nenhum país sob nenhuma circunstância", disse Hillary a jornalistas, no começo de sua reunião com Netanyahu.

"Não podemos permitir que as forças do terror e destruição continuem. Essa é uma das razões pelas quais o primeiro-ministro está aqui hoje, para se engajar em negociações diretas com aqueles palestinos que rejeitaram um caminho de violência em prol de um caminho de paz."

"Não vamos deixar o terror decidir onde os israelenses vivem ou qual a configuração de nossas fronteiras finais. Esses e outros assuntos serão determinados em negociações de paz que estamos conduzindo", disse Netanyahu a Hillary.

O presidente dos EUA, Barack Obama, deve manter reuniões na Casa Branca e um jantar na quarta-feira com Netanyahu e Abbas, assim como o rei Abdullah da Jordânia e o presidente do Egito, Hosni Mubarak, expandindo o diálogo para dois vizinhos árabes influentes que já têm acordos de paz com Israel.

OBSTÁCULO

As conversas de paz em si, previstas para serem retomadas nesta quinta-feira pela primeira vez em 20 meses, podem emperrar em um obstáculo logo de cara: o fim de uma moratória de dez meses de novas construções israelenses em assentamentos na Cisjordânia, que acaba em 26 de setembro.

Netanyahu não deu nenhuma indicação do que será feito quando o congelamento acabar. Abbas ameaçou deixar as conversas se as construções forem retomadas em terras tomadas por Israel na guerra de 1967.

Netanyahu disse que vai insistir, nas conversas cara a cara com Abbas, que as medidas de segurança em qualquer acordo final de paz vão permitir a Israel "confrontar esse tipo de terror e outras ameaças".

O líder israelense disse que apoiaria a criação de um Estado palestino na Cisjordânia, área de influência do governo de Abbas, e na faixa de Gaza, sobe controle do Hamas desde 2007, mas apenas se for desmilitarizado.

ATAQUE

Segundo o jornal israelense "Haaretz", o ataque ocorreu às 19h30 desta terça-feira, na estrada Route 60. Homens armados atiraram contra o veículo de passeio perto de Bnei Naim, sul de Kiryat Arba.

Informações preliminares da polícia, citadas pelo jornal, indicam que os homens se aproximaram dos veículos e atiraram várias vezes à queima roupa. As vítimas foram identificadas como dois homens e duas mulheres, todos com idade entre 25 e 40 anos. O Canal 2 afirma que todos eram membros da mesma família e que uma das mulheres estava grávida. Já o "Haaretz" diz que eles eram colonos do assentamento de Beit Hagai.

Nesta semana, o chefe das Forças de Defesa de Israel, Gabi Ashkenazi, visitou a Cisjordânia para discutir o preparo das forças israelenses de enfrentar os esforços para "inflamar a região" e prejudicar os esforços de paz.

A Cisjordânia tem sido palco de vários ataques. Em junho passado, um policial foi morto e outros dois feridos em um ataque a tiros contra o veículo em que viajam nos arredores de Hebron. No mês anterior, dois israelenses foram feridos por vidro quebrado quando tiros atingiram seu carro.

 

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