Parlamento nepalês fracassa em eleger premiê pela sétima vez

O Parlamento do Nepal fracassou nesta terça-feira, pela sétima vez, em sua tentativa de eleger um novo primeiro-ministro depois que nenhum partido garantiu maioria absoluta nas eleições legislativas.

O líder do Partido Maoísta, Pushpa Kamal Dahal, conseguiu 252 votos a favor de sua candidatura contra 119 de seu principal rival, o vice-presidente do Partido do Congresso, Ram Chandra Poudel. São necessários 300 dos 599 cadeiras ocupadas do Parlamento para conseguir vencer a eleição indireta.

A terceira maior legenda do Parlamento, o Partido Marxista-Leninista, e o bloco dos regionalistas madheshi se abstiveram da votação e exigem a formação de um governo de consenso e não de maioria.

Nem o Partido Maoísta (238), nem o Congresso nepalês (114), nem os marxista-leninistas (109) contam com maioria suficiente na Assembleia e precisariam de alianças para chegar ao poder.

O último primeiro-ministro, o marxista-leninista Madhav Kumar Nepal, se demitiu em junho passado como parte de um acordo no qual os maoístas aceitaram prorrogar um ano o mandato da Assembleia encarregada de redigir a futura Constituição do país.

Nepal, que atravessa uma difícil etapa de transição desde que se tornou uma República em 2008, tem ainda na lista de batalhas políticas e jurídicas o futuro do Exército de 19.602 ex-guerrilheiros maoístas que continuam em 21 acampamentos.

O Parlamento ainda não decidiu uma nova data para a oitava rodada de votação --a primeira delas foi realizada em 21 de julho.