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Medo deve marcar nove anos do ataque a Nova York
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CRISTINA FIBE
DE NOVA YORK
"Viemos para os EUA porque somos livres aqui, é isso o que amamos nesse país. Mas, agora, sempre há alguém atacando os muçulmanos. Estamos cansados." A frase, dita pelo egípcio radicado em Nova York Hamed Hamed, 52, ao "Wall Street Journal", ilustra um sentimento que vem se proliferando no país.
Hoje, aniversário de nove anos do 11 de Setembro, os EUA devem assistir às mais tensas homenagens às vítimas desde 2001.
Isso por causa de polêmica que se arrasta há pelo menos quatro meses, quando os planos do imã Faisal Abdul Rauf de construir um centro islâmico a dois quarteirões do Marco Zero viraram motivo de debate na imprensa.
O projeto, orçado em US$ 100 milhões, opôs republicanos e democratas e dividiu até mesmo os familiares das vítimas do ataque às Torres Gêmeas, que matou quase 3.000 pessoas, entre elas cerca de 60 muçulmanos.
Enquanto uns defendem a liberdade religiosa e o direito à construção --como o presidente Barack Obama--, outros --como a republicana Sarah Palin-- dizem que se trata de desrespeito aos mortos pela Al Qaeda.
A maioria da população ficou do lado de Palin. Pesquisa divulgada quarta-feira pelo "Washington Post" mostra que dois terços dos americanos se opõem à construção. Enquanto 82% daqueles que são contra citam a localização como principal problema, 14% afirmam que se oporiam a uma construção como essa em qualquer parte do país. A pesquisa concluiu que 49% dos americanos têm uma visão negativa do islã.
O racha em torno do projeto acabou chamando a atenção para o pastor de uma pequena igreja da Flórida. O evangélico Terry Jones, que tem cerca de 50 seguidores em Gainesville, fez com que presidente e secretária de Estado pedissem a suspensão da planejada queima de cópias do Alcorão, hoje.
Jones exigia que o imã Rauf mudasse o local do centro islâmico. Anteontem, anunciou que conseguira seu objetivo, o que Rauf negou. Ontem, após mais ameaças, Jones disse que não seguiria adiante.
Em Nova York, porém, a expectativa é que protestos contra e a favor do centro islâmico acompanhem os momentos de silêncio pelos mortos nos ataques. O prefeito Michael Bloomberg, que defende o projeto, admitiu que a segurança será reforçada.
Em entrevista concedida na última terça-feira, ele foi questionado sobre a crescente preocupação dos muçulmanos que vivem na cidade com a própria segurança. O prefeito respondeu que, apesar de "termos a responsabilidade de garantir a segurança de todos, a polícia é sensível ao fato de que precisa dar segurança extra [aos muçulmanos]".
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