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12/09/2010 - 09h04

Dois afegãos morrem no terceiro dia de protestos contra queima do Alcorão

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DA REUTERS, EM CABUL

Dois manifestantes foram mortos a tiros neste domingo no terceiro dia consecutivo de duros protestos, mesmo após o anúncio, na véspera, do pastor evangélico Terry Jones de que não queimará mais cópias do Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos.

Segundo o chefe do distrito de Baraki Barak, Mohammad Rahim Amin, sete pessoas ficaram feridas nos confrontos entre os manifestantes e a polícia na cidade da Província Logar. "Dois dos manifestantes feridos morreram no hospital devido a grave ferimento de bala", disse Amin.

Com frases como "Morte à América" e "Morte aos Cristãos", centenas de afegãos marchavam em direção a Pul-e-Alam, capital da Província, quando enfrentaram as forças de segurança. A polícia afegã colocou bloqueios nas estradas para tentar impedir os manifestantes.

"O governador precisa nos dar garantias de que aquela igreja não vai queimar o Alcorão, senão atacaremos as bases das tropas estrangeiras aos milhares", ameaçou o manifestante Mohammad Yahya.

Major Patrick Seiber, porta-voz da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) no leste afegão, disse que a aliança sabe das marchas, mas diminuiu o número de manifestantes a cerca de cem.

No sábado, quatro manifestantes foram gravemente feridos quando forças de segurança abriram fogo contra manifestantes que lançavam pedras e tentavam invadir prédios do governo.

Na véspera, um manifestante foi morto a tiros quando uma multidão irritada atacou uma base da Otan gerenciada pelas tropas alemãs em Faizabad, na Província Badakhshan. Os manifestantes também foram Às ruas em Cabul e outras quatro Províncias.

Duramente criticado em todo o mundo, o pastor Jones afirmou neste sábado à rede de TV NBC que cancelou seus planos do Dia Internacional de Queimar o Alcorão e que não o fará "nem hoje, nem nunca".

Os planos provocaram ira no Afeganistão e em todo mundo muçulmano. O presidente norte-americano, Barack Obama, advertiu que o ato poderia prejudicar profundamente os Estados Unidos no exterior e colocar em perigo as vidas de soldados do país.

 

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