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Néstor Kirchner passa bem após cirurgia e pode deixar hospital amanhã
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GUSTAVO HENNEMANN
DE BUENOS AIRES
O ex-presidente da Argentina, Néstor Kirchner, 60, passa bem depois de ter sido submetido a uma angioplastia na noite deste sábado e pode deixar amanhã a clínica onde está internado.
Néstor governou a Argentina de 2003 a 2007 e hoje exerce três cargos simultaneamente. Além de ser secretário-geral da Unasul (União das Nações Sul-Americanas), é deputado federal e dirige o PJ (Partido Justicialista).
Conforme boletim médico divulgado ao meio-dia de domingo, o ex-presidente "evolui bem" e os exames pós-operatórios indicaram uma condição "normal" de saúde, o que permitira alta "em 24 horas".
Guillermo Legaria-06ago.10/AFP | ||
Néstor Kirchner fala com jornalistas em visita à Colômbia; ele passa bem após angioplastia |
Durante a angioplastia, os médicos implantaram um stent [pequena prótese em formato de mola] para impedir o fechamento de uma artéria coronária que se encontrava obstruída.
Em fevereiro, Néstor já havia sido submetido a um cateterismo após um problema na artéria carótida direita.
A presidente do país, Cristina Kirchner, sua mulher e sucessora, passou a noite com ele em uma clínica no bairro de Palermo. Pela manhã, ela voltou a residência presidencial de Olivos.
Néstor é considerado o político mais poderoso do país e tem grande poder de influência no governo de sua mulher. Atualmente ele é um dos principais pré-candidatos à Presidência para as eleições de outubro de 2011.
BOM HUMOR
O secretário-geral da Presidência, Oscar Parrilli, disse durante a madrugada que "o ex-presidente está em perfeitas condições" e falou com bom humor sobre esportes e a angioplastia.
Conforme funcionários do governo que o visitaram, Néstor assistiu ontem ao jogo de futebol de seu time, o Racing, e a vitória da Argentina pelo Mundial de basquete.
Nos últimos meses, o ex-presidente aparentava estar mais gordo e falava com maior lentidão em discursos públicos. Além dos recentes problemas arteriais, ele teve complicações gástricas em 2004, quando precisou ser internado para tratamento.
Na noite de sábado, logo após sua internação, militantes da corrente peronista La Cámpora, comandada por Máximo Kirchner, filho de Néstor e Cristina, estenderam faixas em frente à clínica para apoiar o líder político.
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