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12/09/2010 - 13h34

Premiê de Israel ignora pressão de Obama para encerrar assentamentos

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JEFFREY HELLER
DA REUTERS, EM JERUSALÉM

O premiê israelense, Binyamin Netanyahu, em um discurso público no domingo, ignorou um comentário feito pelo presidente dos Estados Unidos Barack Obama sugerindo que Israel mantivesse uma moratória sobre novas construções em áreas que os palestinos querem que sejam parte de seu Estado independente.

Falando a repórteres, Netanyahu não quis falar de comentários de Obama sobre as construções nos territórios palestinos e preferiu se concentrar em uma exigência primordial de que Israel seja reconhecida pelos palestinos como o Estado do povo judaico em qualquer acordo de paz.

O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, já ameaçou sair das negociações com Israel se o país continuar com as construções na Cisjordânia.

Uma moratória de dez meses sobre a construção de novas casas imposta por Netanyahu na Cisjordânia vence no dia 26 de setembro.

"Faz sentido estender a moratória enquanto as negociações continuam de maneira construtiva", disse Obama numa coletiva de imprensa na Casa Branca na qual ele mencionou os "enormes obstáculos" que as negociações enfrentam.

Netanyahu, que lidera a coalizão de governo, dominada por partidos que defendem a construção nas áreas em disputa, não deu sinais de que vai estender a moratória.

Ele vai se encontrar com Abbas na terça-feira no Egito para outra rodada de negociações de paz em que a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, também estará presente.

MORATÓRIA INFORMAL

Alguns ministros sugeriram a possibilidade de uma moratória informal na qual o ministro da defesa Ehud Barak poderia impedir a aprovação de alguns projetos em áreas com populações judaicas na Cisjordânia, área capturada na guerra de 1967 e que continua sob administração militar.

Mas em seus comentários na reunião semanal dos ministros em Israel, Netanyahu voltou-se para o tema do reconhecimento do estado judaico, ponto central de sua ideia de um acordo de paz.

"Infelizmente ainda não ouvi dos palestinos "dois Estados para dois povos"", disse Netanyahu.

Os palestinos disseram que já reconheceram o Estado de Israel em acordos de paz anteriores. Mas o reconhecimento explícito de Israel como Estado judaico, dizem autoridades palestinas, poderia impedir que refugiados palestinos que fugiram dos confrontos entre árabes e israelenses voltem a suas casas no que hoje é Israel.

Netanyahu também disse acreditar que Israel e palestinos podem chegar a uma base para um acordo nos doze meses, prazo que Washington sugeriu.

Mas ele acrescentou que para atingir esse objetivo as negociações teriam de ser ininterruptas, "indiferentemente de qualquer obstáculo que aparecer dos dois lados."

 

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