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13/09/2010 - 22h05

Venda de ingressos para eventos do papa no Reino Unido é menor que o esperado

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DA ANSA, EM LONDRES

A três dias da visita de Estado que o papa Bento 16 fará ao Reino Unido ainda há um número considerável de ingressos para os encontros públicos agendados para Glasgow, Londres e Birmingham que não foram vendidos.

De acordo com o jornal "The Independent", uma fonte próxima à organização da estadia afirmou que será "uma corrida contra o tempo" conseguir assegurar 100 mil participantes, enquanto foram colocados à disposição 400 mil ingressos para os três eventos.

Conforme os porta-vozes, houve um problema de falta de comunicação entre as dioceses e as paróquias, que impediu uma distribuição eficaz dos papeis.

Os difíceis horários dos compromissos ajudam a piorar a situação --a missa do dia 19 em Birmingham, na qual será beatificado o cardeal John Henry Newman, começará às 10h locais e os fieis devem chegar a partir das 3h locais--, bem como a "contribuição" obrigatória requerida a quem quer participar, que varia de 5 a 25 libras esterlinas (R$ 13 a R$ 66).

A previsão é de que o comparecimento será muito mais baixo em relação ao registrado na última vez em que um pontífice tocou solo britânico, quando João Paulo 2º conseguiu reunir milhares de pessoas durante seis encontros públicos em 1982.

No mês passado, o porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi, rebateu as críticas sobre a cobrança de ingresso para os eventos afirmando que a decisão foi da "organização local" e que "o Vaticano não estabeleceu nada disso".

ENALTECIDA

Por outro lado, a visita que Bento 16 fará entre a quinta-feira e o domingo foi enaltecida pelo jornal britânico "The Times", que em um editorial intitulado "Uma viagem de fé" afirmou que a "presença é um presente que enriquecerá o país e encorajará os fieis".

Segundo a publicação, a jornada do papa é "um evento notável tanto para a vida intelectual e política da nação quanto para as necessidades espirituais dos católicos britânicos".

O jornal afirmou também que a estadia do Pontífice --sem contar com os escândalos de pedofilia que envolveram a Igreja de diversos países, inclusive do Reino Unido, e as posições "não em sincronia com o mundo moderno" sobre os direitos dos gays, o sacerdócio feminino e a educação sexual-- será uma oportunidade de reflexão acerca do significado e dos méritos da fé.

"Aos olhos de muitos, este país se tornou uma sociedade pós-religiosa. O ateísmo é uma voz mais forte aqui do que em qualquer outro país no qual se fala inglês", reportou o texto, comentando que Bento 16 sustenta que "a fé é o dom de Deus que deve ser redescoberto por todas as gerações".

Além dos três grandes eventos públicos, o papa pronunciará 13 discursos no total e se reunirá com políticos, autoridades religiosas e membros da sociedade civil. Esta será a 17ª viagem apostólica internacional desde o início do atual Pontificado, em abril de 2005.

 

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