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15/09/2010 - 08h29

Bento 16 critica manifestações após polêmica de queima do Alcorão

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O papa Bento 16 denunciou nesta quarta-feira o "ódio" e a "violência" que imperam, "particularmente na Índia, no Paquistão e no Afeganistão", durante manifestações originadas pelo projeto de um pastor americano de queimar 200 cópias do Alcorão no dia 11 de setembro, que acabou não se concretizando.

"Rezo pelas vítimas e peço que prevaleçam sobre o ódio e a violência o respeito à liberdade religiosa e à lógica da reconciliação", disse o pontífice no Vaticano.

Caren Firouz/Reuters
Após polêmica, manifestantes iranianos queimam bandeiras dos EUA em frente à embaixada suíça em Teerã
Após polêmica, manifestantes iranianos queimam bandeiras dos EUA em frente à embaixada suíça em Teerã

Bento 16 declarou acompanhar com "preocupação" o que acontece em várias regiões do sul da Ásia.

A ameaça do pastor evangélico Terry Jones de fazer uma fogueira com exemplares do Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos, para relembrar os atentados de 11 de setembro de 2001, provocou distúrbios e projetos em todo o mundo, em especial no Afeganistão, onde dois manifestantes morreram no domingo.

MORTE

Os protestos contra os EUA pela iniciativa do pastor da Flórida ainda geram protestos em diversos países apesar de o plano não ter sido posto em prática.

Ainda na segunda-feira, dois importantes religiosos iranianos recomendaram a morte das pessoas que queimarem o Alcorão, segundo informou a agência de notícias Fars.

"Do ponto de vista da jurisprudência, é obrigatório e necessário opor-se a tais pensamentos e é obrigatório matar as pessoas que tenham cometido este ato", declarou o aiatolá Hossein Nuri Hamedani.

O aiatolá Nasser Makarem Chirazi recomendou a mesma atitude, desde que depois de consultado um "juiz religioso".

"Certamente se pode derramar a sangue da pessoa que queima um exemplar do Alcorão. Mas, sobre esta questão, nenhuma ação pode ser tomada sem a permissão de um juiz religioso", afirmou o aiatolá Chirazi.

Várias autoridades iranianas, incluindo o presidente Mahmoud Ahmadinejad, classificaram de "complô sionista" a iniciativa do pastor evangélico da Flórida Terry Jones, que planejava queimar 200 cópias do Alcorão por ocasião do 9º aniversário dos atentados de 11 de setembro de 2001, em Nova York.

 

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