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Sri Lanka reduz a 25 número de mortos em explosão acidental
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Um novo balanço das autoridades do Sri Lanka reduz de 60 para 25 o número de mortos na explosão de três caminhões carregados de explosivos, dentro de um complexo policial no leste do país.
A explosão ocorreu em Karayinadaru, a cerca de 50 quilômetros do porto de Batticaloa, uma região etnicamente mista, mas que foi controlada por separatistas tâmeis até 2007.
"A cifra final de mortos é de 25, incluindo 16 policiais e 9 civis, sendo dois cidadãos chineses", disse o general Ubaya Medawela, porta-voz dos militares cingaleses, sem explicar o motivo da discrepância.
Ao menos 52 pessoas ficaram feridas e três morreram no hospital, disse à Reuters por telefone o diretor do Hospital Geral de Batticaloa, P. Murugananda.
Os dois chineses mortos trabalhavam para uma construtora da China que faz obras viárias na área, segundo o médico. O embaixador chinês em Colombo, Yang Xiuping, foi ao local do acidente, segundo a agência de notícias Xinhua.
A TV local mostrou um edifício com dois pedaços de parede destruídos, ferragens retorcidas dos caminhões e corpos espalhados pelo chão.
Um porta-voz do Ministério de Defesa Laksman Hulugalla afirmou que a explosão foi acidental. Ele conta ainda uma versão diferente do incidente. Os funcionários da empresa chinesa teriam sido chamados à delegacia de Karadiyanaru para recolher, em caminhões, os explosivos de três contêineres, usados na construção de estradas.
Um deles teria explodido acidentalmente, o que causou uma reação em cadeia que fez com que os outros dois contêineres também explodissem. Foram registrados danos tanto na delegacia como nos arredores.
O Sri Lanka, uma ilha ao sul da Índia, sofreu durante três décadas um conflito separatista em que a minoria tâmil cometeu centenas de atentados suicidas. No ano passado, o governo conseguiu derrotar a guerrilha.
O governo controla a região da explosão desde 2007, quando se aliou a uma dissidência dos separatistas para expulsar a guerrilha Tigres da Libertação do Tâmil Eelam. Em maio de 2009, uma ofensiva militar destruiu completamente as forças separatistas e matou seus principais líderes.
Embora ainda haja uma notável presença militar e policial por lá, o leste do Sri Lanka se abriu ao turismo e vem prosperando. Mas a região ainda enfrenta questões fundiárias e violência eventual entre grupos armados.
"Elementos remanescentes e frustrados que viveram os últimos 30 anos com explosivos podem sabotar essas coisas", disse o analista Kusal Perera, do Centro para a Democracia Social, de Colombo, um crítico frequente do governo. "Há muita frustração latente nessas áreas, onde o problema deles não foi resolvido."
Além da rebelião dos Tigres Tâmeis, o Sri Lanka enfrentou em duas ocasiões (1971 e 1988-89) uma insurgência do grupo marxista JVP.
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