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23/09/2010 - 08h56

Obama pedirá na ONU apoio à negociação de paz no Oriente Médio

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fará um apelo nesta quinta-feira na 65ª Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) por apoio internacional para o processo de paz no Oriente Médio, pedindo aos líderes mundiais que se certifiquem de que "desta vez seja diferente" em relação ao fracasso dos esforços anteriores.

Obama vai pedir a Israel e aos palestinos que olhem além das décadas de desconfiança e derramamento de sangue e resistam ao pessimismo, apoiando conversações entre as partes para a criação de um Estado palestino ao lado de Israel, convivendo em paz e segurança.

Nos trechos do discurso que fará na ONU, divulgados pela Casa Branca, Obama faz um chamado especifico às nações que prometeram apoio aos palestinos para que cumpram suas obrigações políticas e financeiras e "parem de tentar destruir Israel".

"Muitos neste recinto se consideram amigos dos palestinos. Mas este compromisso precisa agora ser apoiado por ações", dirá Obama, de acordo com os trechos do pronunciamento.

Obama deve declarar ainda que os atores regionais precisam privilegiar a tolerância entre o islamismo, o judaísmo e o cristianismo. "Se o fizermos, poderemos conseguir um acordo quando retornarmos aqui no ano que vem; um acordo que leve à inclusão de um novo membro das Nações Unidas, o Estado independente da Palestina, que viva em paz com Israel".

O presidente apelará ainda "ao melhor que há em nós" para que israelenses e palestinos aproveitem a oportunidade. "Desta vez não deixaremos que o terror, a confusão, os gestos para a plateia ou políticos se interponham".

O presidente refere-se às conversas diretas de paz iniciadas em Washington no último dia 2 e que continuaram na semana passada em Sharm el-Sheikh, no Egito. O prazo para um acordo, estabelecido por todas as partes, é um ano.

"É preciso lembrar que se um acordo não for alcançado os palestinos nunca conhecerão o orgulho e a dignidade de ter um Estado próprio", ressaltou Obama. Por sua vez, os israelenses "nunca conhecerão a certeza e a segurança que dão alguns vizinhos estáveis e soberanos comprometidos com a coexistência".

Embora a paz tenha de ser lembrada por israelenses e palestinos, "todos nós também temos responsabilidade".

"Nós que somos amigos de Israel devemos entender que a verdadeira segurança do Estado judeu passa por um território palestino independente, que permita aos palestinos viver com dignidade e oportunidades", indicará o presidente americano em seu discurso.

Após 60 anos, a existência de Israel não pode ficar em dúvida, insiste o presidente americano. "É um Estado soberano e a pátria histórica do povo judeu" e qualquer esforço por duvidar da legitimidade da existência de Israel "encontrará a oposição inquebrantável dos Estados Unidos".

"O massacre de israelenses inocentes não equivale à resistência, mas a injustiça... O valor de um homem como o presidente Abbas (Mahmoud, da Autoridade Nacional Palestina), que defende seu povo diante do mundo, é muito maior do que os que lançam foguetes contra mulheres e crianças", sustenta.

 

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