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25/09/2010 - 14h34

De volta ao Irã, Ahmadinejad reitera acusação contra EUA pelo 11/9

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

De volta ao Irã depois de participar da 65ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York, o presidente Mahmoud Ahmadinejad reiterou suas acusações de que os Estados Unidos estariam por trás dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 e desafiou o país a apresentar provas contra a Al Qaeda.

Em declarações ao chegar a Teerã, o líder reiterou que o governo americano não deve esperar que os demais países acreditem em suas justificativas.

"Se tudo o que vocês dizem é verdade, devem apresentar suas provas contra os terroristas", afirmou.

Ahmadinejad voltou a acusar Washington de ter usado os sangrentos atentados como pretexto para lançar a guerra contra o terrorismo e insistiu na necessidade de criar uma comissão internacional que os investigue.

"Este assunto requer mais estudos, que devem ser feitos por um comitê independente e justo que permita conhecer a verdade", afirmou.

Durante seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, o presidente iraniano acusou os Estados Unidos de terem promovido os atentados de 11 de setembro de 2001 em Nova York e Washington, o que provocou a reprovação da maior parte da comunidade internacional.

DISCURSO

Ainda na quinta-feira (23) o líder do Irã enumerou teorias conspiratórias sobre o 11/9 durante seu discurso nas Nações Unidas, dizendo que "muitas pessoas" acham que o governo americano esteve por trás dos atentados, que mataram cerca de 3.000 pessoas.

Ahmadinejad explicou que há três teorias sobre os ataques de 11 de Setembro.

Mike Segar/Reuters
Presidente iraniano, Mahmoud Ahmnadinejad, discursa na ONU; declarações sobre o 11/9 causam polêmica
Presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, discursa na ONU; para Obama, comentários são "indesculpáveis"

A primeira: que um "grupo terrorista poderoso e complexo" conseguiu passar pelo sistemas de inteligência e segurança dos EUA. A segunda: "que alguns segmentos dentro do governo dos EUA orquestraram o ataque para reverter o declínio da economia americana e seu controle no Oriente Médio, também para salvar o regime sionista" --segundo o iraniano, "a maioria do povo americano, bem como de outras nações, e políticos concordam com essa visão".

Foi a gota d'água. Nesse momento, a delegação americana na ONU levantou-se e deixou o auditório sem ouvir a terceira teoria: de que o ataque foi obra de "um grupo terrorista, mas que o governo americano apoiou e tirou vantagem da situação".

Segundo Ahmadinejad, os atentados teriam servido como desculpa para invadir o Iraque e o Afeganistão. "Foi dito que cerca de 3.000 pessoas foram mortos em 11 de Setembro, o que nos deixa muito entristecidos. Porém, até agora no Afeganistão e Iraque, centenas de milhares de pessoas foram mortas, milhões feridas e desabrigadas, e os conflitos ainda continuam e crescem."

Andrew Gombert/Efe
Representantes americanos deixam sala em protesto durante discurso do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, na ONU
Representantes americanos deixam sala em protesto durante discurso do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, na ONU

O iraniano defendeu que invadir um país "usando como justificativa a liberdade" é um crime que não pode ser perdoado. Várias delegações europeias também saíram. Um diplomata europeu disse que todas os 27 países-membro tinham concordado em sair se Ahmadinejad fizesse declarações inflamadas em seu discurso.

"Em vez de representar as aspirações e a boa vontade do povo iraniano, o senhor Ahmadinejad novamente escolheu declamar teorias conspiratórias repugnantes e calúnias antisemitas, que são tão detestáveis e ilusórias quanto previsíveis", afirmou o porta-voz da missão americana da ONU, Mark Kornblau, em comunicado logo após as declarações polêmicas do iraniano.

 

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