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Obama critica letargia democrata diante de eleição
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DE SÃO PAULO
O presidente dos EUA, Barack Obama, criticou a "letargia" que envolve partidários e eleitores democratas a cerca de um mês das eleições legislativas, em entrevista à revista "Rolling Stone".
O alerta vem diante da ameaça de uma vitória do Partido Republicano na votação do próximo dia 2 de novembro. Segundo as pesquisas, os republicanos devem ampliar seus assentos no Senado e podem passar a controlar a Câmara dos Representantes (deputados).
Segundo o presidente, ainda há muito o que fazer pela frente e projetos que dependem da aprovação do Legislativo. Por isso, pretende "acordar" seus companheiros partidários para a importância de vencer o pleito.
Obama também destacou as dificuldades que enfrentou ao assumir o cargo há dois anos. "Assumi e fui obrigado a lidar com uma grande depressão, com a tarefa de recuperar o sistema financeiro e reformular suas funções, além de administrar duas guerras simultâneas", disse.
Ele citou como prioridades do governo a nova legislação do meio ambiente, que cria, principalmente, regras para diminuir a emissão do carbono, responsável pelo aquecimento global. Outra bandeira democrata é permitir que os homossexuais possam seguir a carreira militar.
Obama convocou os eleitores democratas a marcar presença no dia da votação. Ele definiu como atitude "indesculpável" e "irresponsável" a abstenção.
"É imperdoável que algum democrata ou progressista, em momentos importantes como esse, não esteja presente", declarou.
GUERRA E CRISE
Em relação às guerras em que os EUA se envolveram após o 11 de Setembro, ele voltou a dizer, como quando era senador, que a invasão do Iraque foi um erro.
Sobre o Afeganistão, Obama disse que cumpriu sua promessa de priorizá-lo, já que se trata do lugar "onde a ameaça terrorista surgiu".
"A estratégia militar no Afeganistão é mais complicada do que a utilizada no Iraque. Trata-se do segundo país mais pobre do mundo. Não há organização civil. Alguns elementos estão funcionando, mas outros não estão bem", disse.
Por fim, o mandatário americano justificou os seguidos pacotes bilionários de ajuda ao setor financeiro, advindos do dinheiro do contribuinte americano, como necessários para evitar que os problemas fossem ainda maiores.
"A verdade é que o gasto do plano de salvamento ficará abaixo dos US$ 100 bilhões", afirmou.
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