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Tribunal tailandês paralisa extradição do Mercador da Morte para os EUA
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Um tribunal de Justiça de Bancoc, na Tailândia, decidiu não retirar as acusações adicionais contra o suposto traficante de armas russo Viktor Bout, conhecido como Mercador da Morte, e paralisou assim sua extradição para os Estados Unidos.
Bout, ex-piloto e agente da KGB (o serviço secreto soviético), foi detido em março de 2008, no luxuoso hotel Sofitel de Bancoc, por membros da agência antidroga dos EUA que se faziam passar por compradores de armas das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
Efe-Mar.08 |
Viktor Bout (centro), um dos maiores traficantes de armas do mundo, em foto tirada quando foi preso em Bancoc, na Tailândia |
As autoridades tailandesas se disponibilizaram em princípio a processá-lo por um delito de apoio ao terrorismo, mas desistiram perante a falta de provas. A extradição aos EUA havia sido decidida em 20 de agosto passado, sob duras críticas da Rússia que chamou o veredicto de politico.
A magistratura rejeitou agora o pedido dos EUA, feito em fevereiro passado, para retirar as novas acusações de fraude e lavagem de dinheiro. Os EUA queriam que a Tailândia desistisse das acusações para acelerar a extradição de Bout ao país, onde enfrentará acusações de terrorismo.
Bout apelou da decisão de agosto de extraditá-lo, argumentando que sua vida correria risco nos EUA. Ele chegou à corte nesta segunda-feira em uma van blindada, sob forte segurança e com colete a prova de balas.
PERFIL
Bout afirma ser um honrado empresário, fala seis idiomas e é conhecido por oito nomes diferentes. Ele nega envolvimento no tráfico ilegal de armas e alega que estava envolvido apenas no transporte das cargas. Segundo os serviços de inteligência ocidentais, o suposto traficante aproveitou o fim da União Soviética para comprar de generais corruptos e a baixo preços, arsenais inteiros na Bulgária, Moldova ou Ucrânia, para vendê-los a regiões de conflito, principalmente à África.
O Mercador da Morte se transformou no principal provedor de armas para as guerras em Serra Leoa, Angola e República Democrática do Congo. Bout teria fornecido ao menos 800 mísseis, 5.000 fuzis AK-47, minas e explosivos C-4 às Farc.
A organização de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional afirma que ele chegou a operar uma frota de mais de 50 aviões que transportavam armas por todo o continente africano, onde conseguiu até mesmo evitar um embargo internacional para fazer negócios com Charles Taylor, ex-presidente da Libéria e notório "senhor da guerra", que atualmente está sendo julgado em Haia por crimes de guerra.
Sua fama inspirou o filme de Hollywood "O Senhor das Armas", cujo protagonista, interpretado por Nicolas Cage, relata orgulhoso que aproveitou a queda da União Soviética para ganhar muito dinheiro com os arsenais que adquiriu mediante subornos a generais corruptos.
Segundo o FBI (Polícia federal americana), Bout também tentou adquirir uma bateria antiaérea e conspirou para assassinar cidadãos americanos ao fornecer armas para a rede terrorista Al Qaeda.
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