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14/10/2010 - 05h31

Talebans qualificam diálogo com Cabul de "propaganda sem fundamento"

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DA EFE

O Taleban qualificou nesta quinta-feira (14) de "propaganda sem fundamento" as informações sobre supostos contatos com o governo para conseguir a paz no Afeganistão e condicionou o diálogo a uma retirada prévia das tropas estrangeiras no país.

"O inimigo, na prática, nunca entrou em contato com os líderes do Emirado Islâmico, e menos ainda manteve conversas com eles", ressaltaram as milícias insurgentes em nota divulgada hoje.

"Não aceitaremos nenhum tipo de negociação ou cessar-fogo com o inimigo invasor, a menos que os invasores saiam do Afeganistão", disseram os talebans.

Na semana passada, vários meios de comunicação ocidentais informaram sobre a existência de conversas secretas de alto nível entre o governo afegão e os talebans para negociar o fim do conflito, cada vez mais sangrento.

Segundo o diário "The Washington Post", citando fontes anônimas, essas conversas supostamente incluem representantes que contam com a autorização do principal líder talibã, mulá Omar, escondido no Paquistão.

Além disso, o governo afegão reconheceu contatos "com os talebans e seus líderes" e confirmou uma reunião em Cabul entre representantes do Afeganistão e do Paquistão, tradicional reduto do regime taleban, para estudar a forma de levar os insurgentes à mesa de diálogo.

"Eles não representam o Emirado Islâmico nem contam com a permissão do Emirado Islâmico para participar dessas reuniões", afirmaram os talebans em sua nota.

Segundo os insurgentes, é uma "perda de tempo" negociar com o "inimigo" enquanto permanecerem no Afeganistão as tropas internacionais, um total de 150 mil soldados mobilizados por todo o país sob mandato da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Nos últimos meses, os Estados Unidos ofereceram a possibilidade de uma solução negociada ao conflito. O presidente afegão, Hamid Karzai, conseguiu na Conferência de Cabul, em julho, apoio internacional para um "plano de reconciliação".

Em setembro, o governo do Afeganistão criou um Conselho de Paz para articular o diálogo com o Taleban e outros insurgentes, num momento em que estes estenderam suas atividades a grande parte do país.

 

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