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15/10/2010 - 10h10

Resgate de mineiros reforça sucesso emergente do Chile, diz "Washington Post"

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DA EFE, EM WASHINGTON

"O resgate dos 33 mineradores presos sob a terra coroa uma sucessão de bons resultados que evidencia o sucesso emergente que é o Chile na América Latina", afirma hoje em um editorial o jornal americano "The Washington Post".

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"O ocorrido na mina de Copiapó foi uma história fascinante em seus muitos aspectos, desde o drama dos homens presos sob a terra à ansiedade das famílias que os esperavam e a operação de salvamento, precária mas finalmente bem-sucedida", acrescenta o artigo.

"Mas nós também a achamos encorajadora pelo que disse acerca do Chile, e as recompensas que colheu por suas duas décadas como o país mais livre da América Latina", continuou.

Segundo o "Post", "Brasil e Venezuela atraem grande parte da atenção dirigida à América do Sul em anos recentes, o primeiro por sua suposta emergência como gigante econômico mundial, e o segundo por seu suposto compromisso com o 'socialismo do século 21'".

"Mas frequentemente não se dá o reconhecimento suficiente ao fato de que o Chile, que aceitou os mercados livres e o comércio livre em um grau muito maior que o Brasil, cresceu a um ritmo duas vezes mais rápido nas últimas duas décadas e tornou-se muito mais rico e mais competitivo nos mercados mundiais", segundo o editorial.

"O Chile também combateu a pobreza muito melhor que a Venezuela e outros países que proclamam que essa é sua prioridade principal", acrescentou o "Post".

"Tudo isso explica por que o salvamento de 33 mineradores pôde ter êxito", explicou o artigo. "O governo do presidente Sebastián Piñera, um empresário bem-sucedido, se comprometeu rapidamente com a tarefa, politicamente arriscada, de salvar os homens presos".

De acordo com o jornal foi graças à abertura do Chile ao resto do mundo e a sua atitude empresarial que o país "pôde usar eficazmente as avançadas tecnologias".

"Houve telefones celulares espaciais da Coreia do Sul, cabo flexível de fibra óptica da Alemanha, e assessoria da Agência Espacial Americana (Nasa) para a construção da cápsula de evacuação", assinalou o editorial.

O artigo também apontou que "talvez o mais significativo" tenha sido que uma companhia mineradora privada com investidores japoneses e britânicos pagou por brocas e torre de perfuração que penetraram a rocha "em tempo recorde".

"O mundo se fascinou com a evacuação dos mineiros em grande medida porque mais de 750 jornalistas viajaram ao local de todas as partes do mundo, aproveitando a liberdade de imprensa do Chile", diz o "Post".

"A maioria das pessoas seguramente se centrou nos mineiros que emergiam da terra", acrescentou o editorial que concluiu: "Esperemos que tenham aprendido um pouco, também, sobre uma história emergente de sucesso latino-americano".

 

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