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15/10/2010 - 10h03

Israel autoriza construção de novas residências em Jerusalém Oriental

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O governo de Israel aprovou nesta sexta-feira a construção de 238 novas residências em Jerusalém Oriental, medida que pode comprometer de vez as negociações de paz com os palestinos iniciadas no início de setembro após quase dois anos congeladas.

As licitações para as obras lançadas hoje pelo Ministério da Habitação são as primeiras desde a expiração do congelamento de dez meses na expansão dos assentamentos israelenses na Cisjordânia no fim de setembro.

Embora Jerusalém Oriental não tenha sido incluída na moratória anunciada no ano passado, as novas autorizações sinalizam intenção de Israel de não ceder às pressões internacionais para cessar a expansão das colônias em nome das conversas de paz.

As negociações encontram-se atualmente em um impasse, com a Autoridade Nacional Palestina (ANP) exigindo a extensão da moratória e ameaçando deixar as conversas em caso contrário.

Já o governo do premiê Binyamin Netanyahu se vê pressionado, de um lado, pelos EUA, que defendem novo congelamento, e, por outro, por setores ultradireitistas contrários a concessões que integram seu gabinete.

Segundo o jornal israelense "Yediot Aharonot", o governo deu autorização às novas construções apenas após informá-las aos EUA, que mediam as atuais negociações com os palestinos.

Em março, o anúncio de novas construções em Jerusalém Oriental durante visita do vice-presidente americano, Joe Biden, ao país provocaram séria crise entre os aliados, levando Israel a se desculpar com o governo dos EUA.

PALESTINOS

O negociador-chefe palestino, Saeb Erekat, acusou o governo Netanyahu de buscar "liquidar toda possibilidade de reinício das negociações" e cobrou intervenção dos EUA.

"Condenamos firmemente essa decisão e exortamos os EUA a considerar o governo israelense responsável pelo fracasso das negociações e do processo de paz", afirmou.

"Esse anúncio é uma indicação muito clara da escolha de Netanyahu pelos assentamentos, não pela paz."

Ontem (14), o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, havia expressado esperança de que os EUA convençam Israel e decretar novo congelamento das colônias.

No último dia 9, a Liga Árabe deu um mês ao governo americano para que o faça.

Enquanto Israel considera Jerusalém sua capital "eterna e indivisível", os palestinos exigem a porção oriental da cidade como capital de um eventual Estado palestino e o recuo israelense aos territórios pré-1967.

 

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