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Ao fim de reunião anual do Partido Comunista, China faz promessa genérica de reforma
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FABIANO MAISONNAVE
DE PEQUIM
No encerramento do seu encontro anual, o Partido Comunista Chinês prometeu ontem que fará esforços "vigorosos ainda que estáveis" para promover "reestruturação política" nos próximos cinco anos.
O comunicado foi divulgado pela agência estatal chinesa Xinhua, mas não foram dados detalhes.
A pressão por reformas políticas no país cresceu desde o anúncio do dissidente Liu Xiaobo como Nobel da Paz no último dia 8 de outubro. Desde então, dois manifestos pedindo abertura e fim da censura foram divulgados.
A escolha de Liu enfureceu Pequim, que bloqueou a notícia dentro do país e vem tomando medidas de retaliação diplomática contra a Noruega, como cancelamento de encontros bilaterais.
Dentro do país, o dirigente máximo Wen Jiabao vem sinalizando que apoia mais abertura política, mas o fato de que suas declarações têm sido bloqueadas na imprensa estatal e a quase ausência do tema no comunicado de ontem sugerem que sua posição é minoritária na cúpula.
Também ontem, o vice-líder da China, Xi Jinping, ratificou o favoritismo para substituir Hu Jintao no comando do país a partir de 2013, ao ser nomeado para a Comissão Militar Central.
Xi, 57, passou a ser vice-presidente da comissão, responsável pelo Exército da Libertação do Povo (2,3 milhões de membros) e comandada por Hu, que deixará a liderança do partido no final de 2012 e a Presidência no início do ano seguinte.
Com o novo cargo, Xi segue os passos do próprio Hu, também nomeado vice-presidente da comissão militar antes de chegar ao posto máximo do governo chinês.
PEQUENO PRÍNCIPE
Xi é um dos chamados "pequenos príncipes", filhos de altos dirigentes comunistas que se beneficiam dos contatos de seus pais.
O vice-presidente é filho de Xi Zhongxun, que nos anos 80 foi membro do Politburo, o segundo organismo mais importante do governo chinês, com 25 membros.
No currículo, Xi acumula a experiência de coordenar os preparativos das Olimpíadas de Pequim, em 2008, e de representar o país em viagens internacionais.
Durante sua vista ao Brasil em fevereiro do ano passado, a Petrobras assinou um empréstimo de US$ 10 bilhões com o Banco de Desenvolvimento da China.
Como o seu pai, Xi é tido como um defensor das abertura econômica iniciada no final dos
anos 1970.
Por outro lado, pouco se sabe sobre sua posição com relação a reformas políticas.
No ano passado, uma de suas funções dentro do partido incluía o monitoramento de intelectuais e ONGs críticas ao governo chinês.
O comitê central do partido, com 204 membros, se reúne uma vez por ano.
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