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24/10/2010 - 09h37

Suprema Corte do Iraque ordena que Parlamento eleja presidente

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Suprema Corte iraquiana ordenou neste domingo ao Parlamento que se reúna para eleger seu presidente, com o objetivo de pôr fim à crise que atrasa a formação do governo, mais de sete meses após as eleições, afirmou um porta-voz da Justiça, Abdel Satar Bereqdar.

Ainda na semana passada o premiê iraquiano, Nouri al Maliki, visitou o Irã, onde recebeu claro apoio das autoridades locais à sua manutenção no governo do Iraque.

Maliki busca o suporte dos países vizinhos para permanecer no cargo, após mais de sete meses de impasse político em Bagdá.

Vahid Salemi/AP
Premiê interino do Iraque (esq.) aparece ao lado do vice-presidente iraniano Mohammad Reza Rahimi em Teerã
Premiê interino do Iraque (esq.) aparece ao lado do vice-presidente iraniano Mohammad Reza Rahimi em Teerã

O Irã desempenha um papel crucial nos negócios iraquianos e na coalizão de Maliki, liderada pelos xiitas.

Maliki visita o Irã, em meio a um giro internacional em busca de apoio para continuar no comando do Iraque. Ele pediu a ajuda de Teerã para a reconstrução de seu país. Maliki, que já visitou a Síria e a Jordânia, multiplica os contatos para ser nomeado à chefia do governo, após sete meses de estancamento político.

O Iraque está sem governo desde as eleições legislativas de 7 de março, que não deram a nenhum partido a capacidade de formar um governo sozinho. O partido de Maliki tem 89 deputados dos 325 do Parlamento e o de seu adversário e rival, Iyad Allawi, 91.

A eleição de 7 de março mostrou um país dividido entre dois blocos xiitas, partidos curdos e uma aliança laica e multissectária, que prometia defender os interesses da minoria sunita.

O bloco Iraqiya, do ex-premiê Iyad Allawi, apoiado pelos sunitas, conquistou duas vagas parlamentares a mais do que o Estado de Direito, do primeiro-ministro xiita Nuri al Maliki. Sem maioria para governar, Maliki e Allawi entraram em negociações, até agora infrutíferas.

Enquanto isso, insurgentes sunitas têm aproveitado o impasse para realizar ataques, e na semana passada os Estados Unidos encerraram formalmente sua missão de combate no Iraque, após sete anos e meio de ocupação.

O impasse político mostra como o país ainda continua dividido entre sunitas, xiitas e curdos, e alimenta temores de que o Iraque mergulhe novamente na violência sectária que ameaçou degringolar para guerra civil em 2005-2006.

 

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