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Morales realiza visita ao Irã para ampliar laços político e econômicos
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DA EFE
Os presidentes da Bolívia, Evo Morales, e do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, selaram nesta terça-feira em Teerã com forte aperto de mão e sorrisos uma aliança política e econômica que cresceu em forte ritmo nos últimos três anos.
Ontem (25), poucas horas após iniciar a sua segunda visita a Teerã, Morales manifestou que "Irã e Bolívia compartilham uma consciência revolucionária idêntica que permite a expansão das relações".
Alireza Sotakbar/AP | ||
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, recebe o seu colega boliviano, Evo Morales, nesta terça em Teerã |
Em declarações à agência estatal de notícias local Irna, o presidente boliviano insistiu que os dois países "estão prontos a impulsionar os contatos em futuro próximo". Morales dedicou o primeiro dia de sua estadia no Irã para visitar diferentes projetos industriais e armamentícios na cidade de Tabriz, 600 quilômetros ao oeste de Teerã.
O boliviano percorreu planta de fabricação de aviões e helicópteros, comerciais e de combate e uma unidade de tratores.
Fontes da embaixada boliviana em Teerã explicaram à agência Efe que um dos principais objetivos da visita é ultimar um acordo de empréstimo de 200 milhões de euros (US$ 278 milhões) que o Irã concederá à Bolívia, cuja linha de crédito já se abriu.
ACORDOS
Durante a viagem serão assinados diversos memorandos de entendimento para cooperar em setores como mineração, agricultura, indústria de maquinaria, cimento e alimentação.
O regime iraniano mostra maior interesse na colaboração no setor mineração com a Bolívia, país que, da mesma forma que outros Estados aliados do Irã, como a Venezuela, tem reservas de urânio.
A agenda desta terça-feira inclui visita ao Parlamento iraniano, onde Morales terá encontro com o presidente da Câmara, Ali Larijani, e um jantar de gala que Ahmadinejad oferecerá para comemorar o aniversário de seu colega andino.
Irã e Bolívia desenvolveram uma rápida relação desde que o líder iraniano visitou La Paz em 2007 e ratificou um acordo de cooperação industrial de cinco anos no valor de US$ 1,1 bilhão.
Irã entende como "estratégicas e valiosas" as relações com a América do Sul, região que considera porta de saída para seu isolamento internacional, e aliada em sua luta contra o capitalismo e o sistema global.
CHÁVEZ
Na semana passada, Ahmadinejad já havia recebido o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em visita de dois dias durante giro internacional do venezuelano. Na ocasião, os dois mandatários se chamaram de "irmãos" e assinaram vários acordos para ampliar a cooperação industrial.
Ahmadinejad disse que o Irã e a Venezuela são parte de uma frente revolucionária da América Latina "se estendendo até o leste da Ásia".
"Se um dia meu irmão Chávez e eu e algumas outras pessoas estivemos sozinhos no mundo, hoje nós temos uma longa fila de autoridades revolucionárias e pessoas uma ao lado da outra", disse o iraniano.
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