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29/10/2010 - 16h30

Avião com corpo do ex-presidente argentino Néstor Kirchner parte para Río Gallegos

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Às 14h43 (15h43 no horário de Brasília) desta sexta-feira, decolou o avião que levará o corpo do ex-presidente Néstor Kirchner, morto anteontem (27), até a localidade de Río Gallegos, na Província de Santa Cruz, onde será enterrado em cerimônia restrita no cemitério municipal ainda hoje.

Estão no avião da Força Aérea que transporta Kirchner a presidente da Argentina e sua mulher, Cristina Kirchner, os dois filhos do casal, Máximo (32) e Florencia (19) e alguns membros do governo. O tempo de voo até Río Gallegos, no extremo sul argentino, está previsto em três horas. Ao menos três outros aviões levarão outros familiares, amigos e admiradores até a cidade natal do ex-mandatário.

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No cemitério, como antecipou nesta quinta-feira o vice-governador da Província de Santa Cruz, Hernán Martínez Crespo, só a família e o círculo mais íntimo assistirão a uma breve cerimônia e ao sepultamento.

Kirchner foi levado ao Aeroparque de Buenos Aires, de onde partiu o avião, em um cortejo fúnebre de 70 minutos que partira às 13h17 da Casa Rosada, onde ocorreu o velório de mais de 24 horas que foi acompanhado por milhares de admiradores do ex-presidente argentino (2003-2007).

Daniel Garcia/AFP
Admiradores seguem veículo com o corpo do ex-presidente Néstor Kirchner, que será enterrado em Río Gallegos
Admiradores seguem veículo com o corpo do ex-presidente Néstor Kirchner, que será enterrado em Río Gallegos

O cortejo ocorreu sob mau tempo e em meio à comoção de milhares de pessoas, com muitas pessoas sob a chuva tentando tocar o veículo que transportava o ex-presidente e um forte esquema de segurança. Admiradores acorreram aos locais por onde o cortejo passaria para a despedida, e nas pontes bandeiras e cartazes ostentam mensagens ao líder.

O velório do ex-presidente, iniciado ontem (28) às 10h locais, estava previsto para terminar às 11h locais de hoje, mas teve de ser estendido devido à pressão da população que ainda aguarda aos milhares para se despedir do ex-líder peronista, que fez com que os portões da Casa Rosada fossem reabertos, pouco antes da presidente Cristina Kirchner regressar ao local.

Acompanhada dos filhos Máximo e Florencia, Cristina foi recebida sob fortes aplausos dos argentinos que foram ao local para dar seu último adeus a Néstor, que morreu, aos 60 anos, de parada cardiorrespiratória.

VELÓRIO

Passaram pelo Salão dos Patriotas, na Casa Rosada, os presidentes da Bolívia, Evo Morales; do Chile, Sebastián Piñera; do Equador, Rafael Correa; do Uruguai, José Mujica; da Colômbia, Juan Manuel Santos; da Venezuela, Hugo Chávez; e do Paraguai, Fernando Lugo.

Miguel Rojo/AFP
O presidente Lula chega na base militar do aeroporto em Buenos Aires para prestar homenagem ao ex-presidente argentino
O presidente Lula chega na base militar do aeroporto em Buenos Aires para prestar homenagem ao ex-presidente argentino

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também esteve na Casa Rosada, onde abraçou a viúva de Kirchner e ofereceu suas condolências.

O astro do futebol argentino, Diego Maradona, também passou no local com a namorada, Verónica Ojeda, abraçou Cristina e lamentou a perda de um "gladiador".

LONGA ESPERA

Centenas de jovens militantes permaneceram toda a noite na Praça de Maio, em frente à sede do governo, e já de madrugada começaram a formar uma fila para garantir sua entrada no velório do "Pingüino", como era conhecido o ex-presidente.

Daniel Garcia/AFP
A vereadora Graciela Benítez, que passou 19 horas na fila para ser a primeira pessoa a entrar no velório de Kirchner
A vereadora Graciela Benítez, que passou 19 horas na fila para ser a primeira pessoa a entrar no velório de Kirchner

Ao mesmo tempo, demonstravam apoio ao governo de sua viúva, a presidente Cristina Kirchner, cujo mandato termina em 2011.

Enrolada em uma bandeira da Argentina, a vereadora Graciela Benítez passou 19 horas à frente da fila que dava a volta na sede do governo para ser a primeira a se despedir de Kirchner.

"Cheguei ontem às 15h10 ao lado de um grupo de militantes da Frente para a Vitória", a coalizão que levou Kirchner ao poder em 2003, disse a vereadora do município de Moreno, na província de Buenos Aires.

"Tenho muita dor, mas também tenho esperança porque estou convencida que o poder está com a presidente Cristina Fernández de Kirchner, porque Cristina e Néstor são uma só coisa", completou.

MORTE

O ex-presidente morreu na manhã desta quarta-feira depois de ser internado com urgência por problemas cardíacos em um hospital de El Calafate. De acordo coma imprensa local, Kirchner foi internado pela manhã no hospital José Formenti, acompanhado de Cristina.

Daniel Garcia/AFP
Partidários do ex-presidente Nétor Kirchner começaram a chegar à Praça de Maio na madrugada desta quinta
Partidários do ex-presidente Nétor Kirchner começaram a chegar à Praça de Maio na madrugada desta quinta

Segundo a imprensa local, Kirchner sofreu uma parada cardiorrespiratória com morte súbita. O ex-presidente e sua mulher estavam desde o último final de semana em sua casa em El Calafate, na região da Patagônia. Neste ano, Néstor Kirchner já havia passado por duas intervenções cirúrgicas devido ao agravamento de seus problemas cardíacos.

Os médicos que socorreram Kirchner tentaram reanimá-lo durante 45 minutos, disseram pessoas próximas ao líder citadas nesta quinta-feira pela imprensa local.

Segundo versões de mais de uma pessoa, o líder e Cristina jantaram em casa com um grupo de amigos. Após a refeição, retiraram-se para descansar.

No começo da madrugada, Kirchner teria dito não estar se sentindo bem. Cristina então chamou uma ambulância, que chegou ao local imediatamente e, escoltada pela polícia, levou o ex-presidente ao hospital municipal José Formenti.

Kirchner chegou ao hospital com sinais vitais "muito débeis", segundo os jornais "Clarín" e "Página 12".

Neste momento, segundo o primeiro periódico, os médicos tentaram reanimá-lo com um desfibrilador e entraram em contato com o médico presidencial, Luis Buonomo, que se encontrava em Buenos Aires. Desistiram depois de 45 minutos.

Neste ano, Néstor Kirchner já havia passado por duas intervenções cirúrgicas devido ao agravamento de seus problemas cardíacos.

 

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