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29/10/2010 - 23h05

Multidão lota as ruas de Río Gallegos e Néstor Kirchner é sepultado em cerimônia íntima

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Familiares, amigos, altos funcionários e parlamentares governistas assistiram à cerimônia íntima antes do sepultamento do ex-presidente argentino Néstor Kirchner no cemitério de Río Gallegos, na Província de Santa Cruz. Terra natal de Kirchner, foi ali também que ele começou sua carreira política como prefeito, até tornar-se um dos políticos mais influentes na história do país.

Kirchner morreu na quarta-feira após uma parada cardíaca. O corpo do político foi levado até Río Gallegos, a cerca de 2.600 km ao sul de Buenos Aires, após mais de 26 horas de velório na Casa Rosada, sede do governo argentino.

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Milhares de pessoas foram até o aeroporto de Río Gallegos receber o caixão, e acompanharam o cortejo fúnebre até o cemitério municipal. Foram cerca de 12 quilômetros sob frio intenso.

A multidão acompanhou os carros da comitiva entoando canções, gritos e palavras de homenagens a Kirchner e de apoio a Cristina, em meio a aplausos constantes. 'Força Cristina, força', diziam alguns deles, principalmente as mulheres. Bandeiras da Argentina traziam a frase "Obrigado Lupo" --como era conhecido Kirchner em sua cidade natal.

Daniel Garcia/AFP
Admiradores seguem veículo com o corpo do ex-presidente Néstor Kirchner, que será enterrado em Río Gallegos
Admiradores seguem veículo com o corpo do ex-presidente Néstor Kirchner, que será enterrado em Río Gallegos

No cemitério, a cerimônia foi para cerca de 70 pessoas e sem acesso à imprensa. Participaram membros do gabinete, parlamentares governistas, dirigentes de movimentos sociais próximos ao governo e artistas. O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, também estava lá.

A viúva, Cristina Fernández, deve retomar suas atividades como presidente da Argentina na próxima segunda-feira, informou o porta-voz do governo, Alfredo Scoccimarro.

VELÓRIO

Passaram pelo Salão dos Patriotas, na Casa Rosada, os presidentes da Bolívia, Evo Morales; do Chile, Sebastián Piñera; do Equador, Rafael Correa; do Uruguai, José Mujica; da Colômbia, Juan Manuel Santos; da Venezuela, Hugo Chávez; e do Paraguai, Fernando Lugo.

Miguel Rojo/AFP
O presidente Lula chega na base militar do aeroporto em Buenos Aires para prestar homenagem ao ex-presidente argentino
O presidente Lula chega na base militar do aeroporto em Buenos Aires para prestar homenagem ao ex-presidente argentino

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também esteve na Casa Rosada, onde abraçou a viúva de Kirchner e ofereceu suas condolências.

O astro do futebol argentino, Diego Maradona, também passou no local com a namorada, Verónica Ojeda, abraçou Cristina e lamentou a perda de um "gladiador".

MORTE

O ex-presidente morreu na manhã desta quarta-feira depois de ser internado com urgência por problemas cardíacos em um hospital de El Calafate. De acordo coma imprensa local, Kirchner foi internado pela manhã no hospital José Formenti, acompanhado de Cristina.

Daniel Garcia/AFP
Partidários do ex-presidente Nétor Kirchner começaram a chegar à Praça de Maio na madrugada desta quinta
Partidários do ex-presidente Nétor Kirchner começaram a chegar à Praça de Maio na madrugada desta quinta

Segundo a imprensa local, Kirchner sofreu uma parada cardiorrespiratória com morte súbita. O ex-presidente e sua mulher estavam desde o último final de semana em sua casa em El Calafate, na região da Patagônia. Neste ano, Néstor Kirchner já havia passado por duas intervenções cirúrgicas devido ao agravamento de seus problemas cardíacos.

Os médicos que socorreram Kirchner tentaram reanimá-lo durante 45 minutos, disseram pessoas próximas ao líder citadas nesta quinta-feira pela imprensa local.

Segundo versões de mais de uma pessoa, o líder e Cristina jantaram em casa com um grupo de amigos. Após a refeição, retiraram-se para descansar.

No começo da madrugada, Kirchner teria dito não estar se sentindo bem. Cristina então chamou uma ambulância, que chegou ao local imediatamente e, escoltada pela polícia, levou o ex-presidente ao hospital municipal José Formenti.

Kirchner chegou ao hospital com sinais vitais "muito débeis", segundo os jornais "Clarín" e "Página 12".

Neste momento, segundo o primeiro periódico, os médicos tentaram reanimá-lo com um desfibrilador e entraram em contato com o médico presidencial, Luis Buonomo, que se encontrava em Buenos Aires. Desistiram depois de 45 minutos.

Neste ano, Néstor Kirchner já havia passado por duas intervenções cirúrgicas devido ao agravamento de seus problemas cardíacos.

 

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