Polícia do Chile prende militante comunista suspeito de envolvimento com as Farc

A polícia do Chile deteve nesta sexta-feira Manuel Olate, supostamente vinculado às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), e que deverá enfrentar um processo de extradição solicitado pela Justiça deste país sob a acusação de terrorismo.

Neste sábado, a imprensa local reportou que o procurador Emiliano Arias, que investiga as relações da guerrilha no país governado por Sebastián Piñera, enviará hoje um ofício aos magistrados colombianos notificando a detenção.

De acordo com os jornais, o representante do Ministério Público também vai solicitar o envio das provas que a Justiça da outra nação possui contra Olate, militante do Partido Comunista do Chile, a fim de iniciar o processo de extradição.

O suposto criminoso foi preso por volta das 23h30 (0h30 no horário de Brasília) em Ñuñoa, na capital Santiago, e transferido hoje para a cadeia, onde permanecerá até que os trâmites para enviá-lo à Colômbia sejam resolvidos.

A ordem de captura foi ditada pela juíza da Suprema Corte Margarita Herreros, quem acolheu a solicitação de detenção enviada pelo outro país.

Olate teria estado em um acampamento das Farc no Equador em fevereiro de 2008, dias antes que o Exército colombiano bombardeasse o local e matasse 26 guerrilheiros, entre eles o então número dois da organização, Raúl Reyes.

A polícia do país de Juan Manuel Santos também afirma ter encontrado fotografias do chileno no computador apreendido após a ação militar, além de diversos e-mails que versariam sobre as atividades do grupo armado e suas conexões internacionais.

Segundo o dossiê enviado pela Justiça colombiana em junho deste ano, o Partido Comunista teria designado Olate como ligação entre a agremiação e as Farc, e o chileno, sob o apelido de Roque, receberia orientações diretas de Reyes.