Para uruguaios, candidatura de ex-presidente Vázquez à Unasul é 'pouco provável'

Uma eventual candidatura do ex-presidente uruguaio Tabaré Vázquez ao cargo de secretário-geral da Unasul (União das Nações Sul-Americanas), discutida desde a morte do ex-líder argentino Néstor Kirchner, "é pouco provável", apontou neste sábado a imprensa local.

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Vázquez, primeiro presidente socialista do Uruguai e que governou de 2005 a 2010, não recebeu nenhuma proposta formal, mas se a recebesse "é pouco provável" que aceite, afirmaram fontes próximas a ele ao jornal "La República".

Kirchner, que foi o primeiro secretário-geral da Unasul, faleceu no último dia 27 em decorrência de uma parada cardiorrespiratória, e agora questiona-se quem seria o seu potencial substituto.

Entre os nomes cotados estão os ex-chefes de governo da região, como o colombiano Álvaro Uribe (2002-2010) e a chilena Michelle Bachelet (2006-2010). Também o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que terminará seu mandato apenas em janeiro, é um forte candidato.

A próxima cúpula de chefes de Estado e de governo da Unasul, que ocorrerá na Guiana entre os dias 24 e 26, deverá ter o assunto entre seus temas principais.

Criada em 2008, a Unasul escolheu em maio passado Kirchner como seu primeiro secretário-geral. Antes de deixar a presidência do Uruguai, Vázquez se opôs a tal designação, já que enfrentou com a Argentina o maior conflito diplomático de seu governo, crise que parece já ter sido superada por seu sucessor, José Mujica.

O secretário-geral da Unasul é designado pelo conselho de chefes de Estado, após ser proposto pelo Conselho de Ministros das Relações Exteriores. Ele permanece no posto por um período de dois anos e não pode ser sucedido por um cidadão da mesma nacionalidade.