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21/11/2010 - 11h57

Taleban vê plano de retirada da Otan como sinal de fracasso no Afeganistão

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Em comunicado divulgado pela internet, o Taleban classificou o plano de retirada das tropas da Otan (Organização do Tratado do Atlântico do Norte) como um sinal de fracasso de suas operações no Afeganistão.

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O plano, decidido no fim de semana durante a cúpula em Lisboa, é um "sinal de fracasso" para os Estados Unidos, afirmaram neste domingo os talebans em uma mensagem divulgada pela internet.

"O acordo de Lisboa demonstra que os Estados Unidos não conseguiram obter uma assistência militar adicional da parte dos outros membros da Otan", afirma o comunicado dos talebans.

"São boas notícias para os afegãos e para os que amam a liberdade no mundo e um sinal de fracasso para o governo americano", completa o texto, que tem como título "Resposta do Emirato Islâmico do Afeganistão à reunião de Lisboa".

O movimento taleban exige a retirada imediata das tropas estrangeiras mobilizadas no Afeganistão como via para a solução do conflito local, em resposta às medidas anunciadas neste fim de semana na cúpula da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), que determinaram 2014 como o prazo para a redução das tropas no país.

IRRACIONAL

"A decisão da Otan de iniciar a retirada de suas forças militares no Afeganistão em 2014 é irracional. Não deveriam adiar a retirada de suas forças nem um dia", destaca o movimento taleban em comunicado divulgado neste domingo.

"Nos últimos nove anos, os invasores não puderam estabelecer nenhum sistema de governo em Cabul e também não serão capazes de fazê-lo no futuro", acrescentam os insurgentes.

Na cúpula de Lisboa, realizada nesta sexta-feira e sábado, a Otan decidiu iniciar, no primeiro semestre de 2011, a transferência das competências em matéria de segurança no território afegão às forças de segurança locais.

O secretário-geral da aliança militar, Anders Fogh Rasmussen, indicou, no entanto, que nem todas as tropas irão se retirar no final de 2014, mesmo que sejam cumpridos os objetivos do período de transição.

De acordo com Rasmussen, serão mantidas tropas internacionais no Afeganistão mesmo após 2014, mas sem missão de combate, somente para apoiar e treinar as forças de segurança afegãs.

Este ponto em específico foi alvo de divergência entre a Otan e os EUA. Washington concorda com a redução gradual das tropas e a transferência de poder aos afegãos, mas sustenta que 2014 pode ser um prazo muito precoce para encerrar o status de missão de combate para o contingente de transição que permanecerá no país.

Os talebans dizem que não irão esperar "nenhum calendário de retirada" e pedem ajuda aos países vizinhos para que tomem "medidas drásticas" que assegurem um bom futuro ao Afeganistão.

Eles não especificam, no entanto, quais devem ser essas medidas.

O movimento taleban, que emite seus comunicados com a assinatura "Emirado Islâmico do Afeganistão", condicionou até o momento qualquer possibilidade de diálogo com o governo afegão à retirada dos soldados estrangeiros mobilizados no país.

Com o envio dos últimos reforços da Força Internacional de Assistência para a Segurança (Isaf) há cerca de 150 mil militares estrangeiros no Afeganistão, dois terços deles americanos.

 

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