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Rapper pede investigação sobre votação no Haiti
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FLÁVIA MARREIRO
ENVIADA A PORTO PRÍNCIPE (HAITI)
Com uma camisa marrom estilo militar, chapéu idem, o rapper Wyclef Jean, celebridade do EUA e mais ainda no Haiti, repetia à imprensa nesta segunda-feira (29) em Porto Príncipe: exigia da comunidade internacional uma "investigação séria" sobre a votação.
Vetado da corrida presidencial em agosto por não ter residência no Haiti, Jean nunca deixou de ser um elemento na campanha.
Para muitos jovens ouvidos pela reportagem, a ausência dele era a maior frustração do processo eleitoral.
No domingo (28) o rapper voltou a participar da contenda. Liderou, ao lado do candidato e também cantor Michel Martelly, uma manifestação pedindo a anulação das eleições consideradas "fraudulentas".
Martelly recuou do pedido, mas Jean seguia fazendo reparos ao processo.
Amado pelos jovens haitianos, Jean já foi acusado de "oportunista" pelo também artista engajado e estrela do "red set" (o jet set de esquerda), Sean Penn.
Na semana que vem ele lançará mundialmente o single "If I were president" (seu eu fosse presidente). O disco terá ainda uma música chamada "Terremoto".
Analistas como Robert Fatton Jr., haitiano professor da Universidade da Virgínia, também criticam o viés "messiânico" dele.
De todo modo, a presença dele não é só retórica. Num acampamento em Porto Príncipe, 650 barracas foram doação do rapper.
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