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05/12/2010 - 17h34

Chávez culpa capitalismo por enchentes na Venezuela; 32 já morreram

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DA REUTERS, EM CARACAS

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, atribuiu ao capitalismo a responsabilidade pelas chuvas no país, que já deixaram 32 mortos e mais de 70 mil desabrigados.

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A área costeira, onde milhões de pessoas vivem de forma precária em encostas de morros, foi a mais afetada, e os desabamentos destruíram inúmeras casas.

O líder socialista tomou as rédeas dos esforços de resgate pessoalmente, tendo convidado 25 famílias para se refugiarem no palácio presidencial e ordenado que se abrisse espaço para mais famílias nos ministérios, quartéis e até em um shopping de Caracas.

"As calamidades que estamos sofrendo com essas chuvas prolongadas e cruéis são a mais recente evidência do paradoxo injusto e cruel do nosso planeta", disse Chávez no domingo.

O número do mortos por causa de chuvas como essas na Colômbia, país vizinho à Venezuela, já chegou a 170, sem contar os 19 desaparecidos e mais 1.5 milhão de desabrigados.

"Os países desenvolvidos destroem o equilíbrio ambiental de forma irresponsável em seu desejo de manter um modelo de desenvolvimento cruel, enquanto a imensa maioria das pessoas na Terra sofrem as consequências mais terríveis", acrescentou Chávez.

Seus comentários ocorrem no momento em que diplomatas se encontram para discutir o futuro do Protocolo de Kyoto no México, onde está difícil se chegar a um consenso sobre como lutar contra as mudanças climáticas.

"O desequilíbrio ambiental que o capitalismo causou é sem dúvida a causa fundamental desses fenômenos atmosféricos alarmantes", ele escreveu em sua coluna de opinião semanal.

"As economias mais poderosas insistem em um modo de vida destrutivo e se recusam a assumir a responsabilidade."

Apesar de o discurso de Chávez sempre angariar algum apoio, a Venezuela não parece bom candidato a herói ambiental considerando que o país é um grande exportador de petróleo e sua sociedade é notoriamente consumista.

As chuvas na Venezuela nas últimas semanas aumentaram as paixões políticas. Críticos dizem que o resultado mostra a falta de planejamento do governo Chávez e o fracasso de sua política habitacional depois de 11 anos no poder.

 

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