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08/12/2010 - 13h01

WikiLeaks revela festa de príncipe saudita regada a álcool e prostitutas

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DE SÃO PAULO

Em mais uma leva de documentos diplomáticos americanos secretos, o site WikiLeaks revela, em detalhes, uma festa de Halloween organizada por um rico príncipe saudita, na cidade de Jeddah, com direito a bebida de alta qualidade e prostitutas.

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"Por trás da fachada de conservadorismo Wahhabi nas ruas, a vida noturna para os jovens da elite de Jeddah é próspera e latejante. A gama completa de tentações mundanas e os vícios estão disponíveis --álcool, drogas, sexo--, mas estritamente a portas fechadas", afirma um dos telegramas, datado de 18 de novembro de 2009.

Funcionários do consulado americanos foram convidados da festa de Halloween, uma data tipicamente americana, na mansão de um jovem príncipe saudita em Jeddah. O nome do príncipe foi omitido do telegrama, já que os próprios diplomatas reconhecem que seu nome deve ser mantido em sigilo. A única pista é que ele pertence à enorme família Al Thunayan.

Fora da lista de herdeiros ao trono, o anfitrião é um dos milhares de príncipes que aproveitam a vida milionária da realeza na proteção de suas mansões e conseguem, com vigilância 24 horas no portão, escapar da moral estrita imposta aos cidadãos nas ruas. O álcool é estritamente proibido em toda a Arábia Saudita, que pune ainda a posse de drogas com longas sentenças de prisão e açoitamento público.

Segundo relata o telegrama americano, não havia sinal da Comissão para a Promoção da Virtude e Prevenção do Vício na festa com 150 jovens, todos com idade entre 20 e 30 anos. A roupa discreta que utilizam nas ruas, era retirada na porta para revelar trajes de festa.

"O local lembrava um clube noturno de qualquer local fora do reino: muito álcool, jovens casais dançando, um DJ na mesa de som e todo mundo com fantasia", descreve o documento, um dos 250 mil vazados pelo site WikiLeaks.

"O álcool, apesar de proibido por lei e pelo costume saudita, era abundante no bar bem abastecido da festa. Os barmans filipinos serviram um coquetel com sadiqi, uma bebida fabricada localmente", conta o telegrama. "Também aprendemos, através do boca a boca, que várias convidadas eram "garotas de trabalho", algo comum nessas festas".

O documento, assinado pelo cônsul em Jeddah, Martin Quinn, acrescenta: "Embora não tenhamos testemunhado diretamente neste evento, cocaína e haxixe são comuns nesses círculos sociais."

Um jovem saudita que estava na festa contou a um dos diplomatas americanos que o "conservadorismo crescente de nossa sociedade nos últimos anos apenas mudou a interação social para dentro da casa das pessoas".

 

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