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Colômbia oferece garantias para libertação de reféns das Farc
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LUIS JAIME ACOSTA
DA REUTERS, EM BOGOTÁ
O governo da Colômbia anunciou nesta quinta-feira que está disposto a garantir todas as condições de segurança exigidas para que as Farc libertem em breve cinco reféns que prometeram entregar à ex-senadora Piedad Córdoba.
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) comunicaram na quarta-feira sua disposição de libertar três militares e dois políticos sequestrados que serão entregues a Córdoba, que foi destituída de seu cargo político pela Procuradoria Geral, acusada de ter ligações com os rebeldes.
"O governo nacional está disposto a garantir todas as condições de segurança pedidas para a libertação mencionada, no menor prazo possível", disse um comunicado da Presidência.
O governo afirmou que também está disposto a autorizar Córdoba para adiantar os trabalhos de mediação que permitam a libertação dos reféns, "sempre e quando sejam feitos com absoluta e total discrição".
Por sua parte, Piedad Córdoba estimou que os reféns só serão libertados em janeiro; até então, será coordenada a operação com a guerrilha, e possivelmente será pedida ajuda logística ao Brasil, que no passado já emprestou helicópteros e tripulações para receber outros reféns na selva.
A ex-senadora foi destituída como parlamentar e proibida pela Procuradoria Geral de exercer cargos públicos por 18 anos, acusada de ter vínculos com as Farc e de favorecer a organização com suas gestões humanitárias para receber outros reféns.
Córdoba já recebeu no passado vários políticos e membros das Forças Armadas que as Farc lhe entregaram na selva, e, apesar da decisão da Procuradoria, negou ter vínculos com a guerrilha, afirmando que limitou-se a fazer um trabalho humanitário.
PODER
As Farc já chegaram a ter mais de 60 reféns mantidos em cativeiro por motivos políticos, mas vêm libertando alguns deles de maneira unilateral, enquanto outros foram resgatados em operações das Forças Armadas, como foi o caso da ex-candidata presidencial Ingrid Betancourt e de três americanos.
No passado, o governo acusou a guerrilha de utilizar os reféns e suas libertações para ganhar destaque político nacional e internacional e procurar limpar sua imagem. As Farc são qualificadas pelos EUA e a União Europeia como grupo terrorista e são acusadas de narcotráfico, assassinatos e sequestros.
Atualmente o grupo guerrilheiro conserva em seu poder 18 membros das Forças Armadas, que procura trocar com o governo por centenas de rebeldes presos, por meio de um acordo humanitário.
Os dois políticos que as Farc vão libertar não figuravam na lista de reféns ditos "permutáveis".
Córdoba disse que o anúncio da guerrilha é um bom augúrio do que pode acontecer em 2011 na busca pela paz e o fim do conflito interno que já dura mais de 45 anos e ceifa milhares de vidas por ano.
"Acredito muito que o ano que vai começar é um ano de possibilidades de reconciliação e paz na Colômbia", disse a política, que pertence ao Partido Liberal.
O governo do presidente Juan Manuel Santos impôs à guerrilha condições para que seja iniciado um diálogo de paz: a libertação dos sequestrados, a suspensão das hostilidades e que as Farc comuniquem sua disposição de entregar suas armas.
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