Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
24/12/2010 - 14h11

Iraquiano mata filha que queria ser mulher-bomba

Publicidade

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Um iraquiano matou e enterrou uma filha de 19 anos depois de descobrir que ela pretendia cometer um atentado suicida em nome da rede terrorista Al Qaeda, disse uma autoridade nesta sexta-feira.

As forças iraquianas de segurança invadiram a casa do homem, em Mandili, 100 quilômetros a nordeste de Bagdá, para tentar deter Shahla Najim al Anbaky, após denúncias de que ela tinha ligações com militantes sunitas.

O pai dela, Najim Abd al Anbaky, foi preso na quinta-feira ao confessar que havia matado a moça um mês antes e sepultado seu corpo perto da casa, segundo o major Ghalib al Jubouri, porta-voz da polícia na província de Diyala.

"Ele confessou que a matou quando soube que ela trabalhava para a Al Qaeda e que desejava se explodir", disse Jubouri, acrescentando que o homem levou os policiais até a cova da filha.

Al Anbaky permanece sob investigação e detido. Nenhuma acusação formal, contudo, foi feita até o momento.

Diyala é uma província de maioria árabe sunita, com significativas populações xiitas e curdas. A região registra graves incidentes de violência desde o início da ocupação norte-americana, em 2003.

Al Qaeda recruta mulheres para ataques suicidas porque elas passam mais facilmente pelos postos de segurança, escondendo explosivos sob abaya, um casaco preto e largo que as mulheres muçulmanas conservadoras usam.

Uma mulher-bomba foi a responsável por um dos ataques mais mortais desde ano no Iraque, em fevereiro deste ano, quando 54 pessoas morreram na explosão no meio de peregrinos xiitas em Bagdá

Em outro incidente, supostos militantes da Al Qaeda explodiram a casa de uma família xiita numa cidade ao sul de Bagdá, na sexta-feira, matando cinco pessoas.

Três bombas foram deixadas durante a noite na casa de Mohammed al Karrafi, seguidor do clérigo antiamericano Moqtada al Sadr, em Haswa, cidade sectariamente dividida, 50 quilômetros ao sul da capital, segundo a polícia.

"Após a meia-noite, duas bombas destruíram completamente a casa do sadrista (...), matando cinco pessoas e ferindo quatro outras. Todas as vítimas são da mesma família", disse um porta-voz policial da província de Babil, acrescentando que a terceira bomba foi detonada quando as forças de segurança chegaram ao local --nesse caso, sem deixar feridos. A polícia atribuiu o incidente à Al Qaeda.

A violência no Iraque diminuiu significativamente nos últimos dois anos, mas explosões e atentados ainda ocorrem diariamente.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página