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24/12/2010 - 15h13

Casamento real ameniza crise no Reino Unido

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JOAQUÍM RÁBAGO
DA EFE, EM LONDRES

Em tempos de crise, nada melhor que um casamento real, ainda mais quando envolve uma pessoa que não é da alta nobreza, como a união anunciada no mês passado entre o príncipe William, segundo na linha de sucessão na Reino Unido, e Kate Middleton.

Todos esperam agora uma espécie de novo efeito Diana, embora sem as consequências trágicas do primeiro. E se de algo pode se orgulhar o Reino Unido é de ter uma monarquia realmente global.

Só assim se explica que logo após ser publicado o breve comunicado da Clarence House, a residência oficial do príncipe Charles, anunciando a união, a notícia já estivesse nos sites de todo o mundo e fosse inclusive primeira página dos jornais no dia seguinte.

Mario Testino/AP/Clarence House Press Office
Em foto mais informal, príncipe William abraça sua noiva Kate; retrato foi feito pelo famoso fotógrafo Mario Testino
Em foto mais informal, príncipe William abraça sua noiva Kate; retrato foi feito peo famoso fotógrafo Mario Testino

A monarquia britânica é talvez o maior chamariz de um país que não parece ter se resignado à perda de seu império e que, graças ao idioma e a seu domínio das relações públicas, sabe vender melhor que ninguém qualquer de seus atrativos, começando pelo Palácio de Windsor.

BOA NOTÍCIA

A notícia do casamento não poderia ter chegado em melhor momento para o governo do primeiro-ministro David Cameron, que, quando foi anunciado, fazia frente a outras informações menos prazerosas como a indenização que teve que pagar a vários suspeitos de terrorismo para ser evitado um vergonhoso processo no qual poderiam ganhar destaque a cumplicidade das forças de segurança do país nas torturas a britânicos.

E o anúncio de que a sexta-feira em que acontecerá o casamento --dia 29 de abril-- será feriado, deu à população um fim de semana prolongado, já que a segunda-feira seguinte também será.

Lefteris Pitarakis/AP
Um homem distribui cópias de um jornal grátis que mostra na capa a notícia do noivado entre o príncipe William e Kate Middleton
Um homem distribui cópias de um jornal que mostra na capa a notícia do noivado entre o príncipe William e Kate Middleton

Enquanto isso, as lojas de suvenires do centro de Londres vêm se enchendo de pratos de todos os tamanhos, xícaras de chá e jarras com imagens do casal, exatamente como nos tempos de Diana.

A imprensa britânica já faz cálculos sobre o dinheiro que reportará à maltratada economia britânica essa união graças a sua repercussão midiática global: 730 milhões de euros, segundo alguns especialistas.

O casamento representará um grande impulso para o turismo no Reino Unido. A união de Charles e Diana, por exemplo, atraiu cerca de 600 mil turistas a mais que o habitual no dia da cerimônia.

Os tabloides têm também assunto para comentários para quantos meses, embora, após a autêntica caçada à qual submeteram Diana, a qual muitos culpam pela morte da princesa, os paparazzi deverão ter desta vez muito mais cuidado com o jovem casal.

Enquanto isso, aumentam as pressões para que o Reino Unido mude uma lei que é considerada desatualizada e que dá preferência aos homens na sucessão ao trono.

NO PAPEL

Sinal também que os tempos estão mudando é a sugestão de um ex-secretário particular de Diana, sugeriu em público que Kate deveria assinar um nada romântico acordo pré-nupcial.

Se os contratos pré-matrimoniais são populares entre as estrelas de Hollywood, não faziam parte até agora das leis britânicas.

Isso mudou em outubro passado quando um juiz reconheceu um contrato assinado por uma herdeira alemã à qual seu ex-marido, francês, tentou ficar com uma parte de sua fortuna apesar de ter se comprometido por escrito a não fazer reivindicação alguma em caso de divórcio.

Contudo, ninguém acredita que o novo casal real seguirá o conselho do ex-secretário por considerá-lo totalmente frio e desnecessário.

 

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