Ex-espiã russa Anna Chapman deseja ter um leão de estimação

A ex-espiã russa Anna Chapman revelou um segredo em sua primeira entrevista à TV: ela tem paixão pela caça e gostaria de ter um leão como animal de estimação.

Usando um vestido verde, a jovem ruiva de 28 anos participou de um programa do canal Pervyi Kanal, no qual também estiveram presentes uma amiga, sua avó, uma vizinha e celebridades russas.

Natalia Kolesnikova/AP

Anna Chapman, ex-espiã russa deportada dos EUA; durante entrevista, ela diz que gostaria de ter leão de estimação

Chapman se tornou famosa neste ano, depois de ser apontada como um dos dez agentes deportados dos EUA para a Rússia, em uma troca de espiões que relembrou a época da Guerra Fria. Depois disso, ela teve fotografias suas postadas em redes sociais do Facebook estampando as capas de jornais em todo o mundo. Embora celebrada pelo Kremlin e pela mídia russa, a manobra de espionagem foi tida como sem sucesso para obter informações antes das prisões.

Na entrevista, Chapman admitiu que a missão foi "um fracasso", mas que proporcionou outras oportunidades a ela. "Tudo foi para o melhor. Foi o começo de alguma coisa grande e bela. Sinto em mim uma força para transmitir em meu país todos os conhecimentos que adquiri no exterior, e que nos serão úteis", declarou ela, confessando também que é uma "muito boa atiradora".

Durante a entrevista, ela disse ainda que gostaria de ter um leão como bichos de estimação, que o ator Sean Connery é o seu favorito no papel do agente secreto britânico James Bond, e que ela admira a atriz Angelina Jolie.

A jovem afirmou ainda que a celebridade não transformou sua vida: "As pessoas me reconhecem, falam comigo na rua (...). Mas, de resto, nada é diferente do que era antes", disse.

Chapman disse ainda que não sente nenhum rancor pelo "traidor" que permitiu sua prisão ao lado de outros nove agentes. Este era um alto funcionário do SVR (serviço de informação russa), que ainda se esconde nos Estados Unidos.

A última aparição na mídia russa da ex-espiã havia sido no dia 22 de dezembro, durante um congresso do movimento jovem de apoio ao Kremlin, Molodoïa Gvardia (A Jovem Guarda).