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18/01/2011 - 08h16

Ex-prefeito ruandês acusado de genocídio vai a julgamento na Alemanha

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DA FRANCE PRESSE, EM FRANKFURT

O julgamento do ex-prefeito ruandês Onesphore Rwabukombe, acusado de ordenar três massacres de tutsis durante o genocídio de 1994 em Ruanda, teve início nesta terça-feira em Frankfurt, no primeiro caso deste tipo julgado na Alemanha.

Rwabukombe, um hutu de 54 anos, é acusado de genocídio, assassinato e incitação ao genocídio e ao assassinato em um alto tribunal regional. Os massacres teriam deixado ao menos 3.370 mortos.

O ex-prefeito chegou ao tribunal de camisa, blazer e gravata bordô. Ele é defendido por dois advogados e, caso seja condenado, pode ser sentenciado à prisão perpétua.

Autoridades ruandesas pediram a extradição de Rwabukombe, preso pela primeira vez na Alemanha em 2008. O pedido, contudo, foi recusado pelo tribunal, que alegou que o país africano não poderia garantir as condições de um julgamento justo.

O tribunal de Frankfurt já agendou 42 audiências, mas o julgamento pode durar ainda mais tempo para ouvir todas as 50 testemunhas citadas --algumas residentes em outros países.

O genocídio começou em abril de 94, quando o avião do então presidente Juvenal Habyarimana foi derrubado. Nos cem dias seguintes, cerca de 800 mil pessoas, a maioria integrantes da etnia tutsi, além de hutus moderados, foram mortos por milícias da etnia hutu. Civis eram incentivados a participar das atrocidades com promessas de que poderiam ficar com as terras dos tutsis mortos.

O genocídio terminou quando rebeldes tutsis assumiram controle do país. Cerca de dois milhões de hutus se refugiaram no vizinho Congo desde então.

 

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