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23/01/2011 - 13h42

Cerca de 15 mil belgas protestam contra a crise política no país

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DA FRANCE PRESSE, EM BRUXELAS

Ao menos 15 mil belgas participaram neste domingo da "marcha da vergonha" em Bruxelas, um protesto contra a crise política no país, que está sem governo há sete meses e meio, um recorde na Europa.

A Bélgica está sob um governo provisório desde as eleições de junho do ano passado, diante da disputa de poder entre representantes das comunidades de língua francesa e flamenga do país. Divergências entre os dois lados vêm causando problemas políticos para a Bélgica há décadas.

Esta é a primeira vez desde as eleições que os cidadãos manifestam de maneira tão veemente a irritação em um país onde as divisões aumentam entre flamengos e francófonos.

Francois Lenoir/Reuters
Milhares de belgas protestam contra impasse entre francófonos e flamengos que deixa o país há mais de 200 dias sem governo
Milhares de belgas protestam contra impasse entre francófonos e flamengos que deixa o país sem governo

"O que nós queremos? Queremos um governo", gritavam os manifestantes, em sua maioria jovens.

Esta foi uma maneira que os organizadores, que batizaram a passeata de "marcha da vergonha", encontraram de recordar o famoso "desfile branco" belga, que reuniu 300 mil pessoas em 1996 para protestar contra os crimes do assassino pedófilo Marc Dutroux.

Os manifestantes seguiam para grande parque real do Cinquentenário, perto do centro da cidade, para ouvir discursos que exigem o fim da paralisia aos partidos políticos.

"Um governo rápido!", diziam alguns dos cartazes.

A Bélgica chegou neste domingo ao 224º dia sem um governo de fato. Em janeiro o país superou o recorde anterior da Europa, que pertencia desde 1977 a Holanda (208 dias). O país se aproxima do triste recorde mundial, que pertence ao Iraque, que precisou de 289 dias para formar um gabinete em 2009.

A manifestação foi convocada por cinco estudantes, entre eles quatro flamengos, na internet.

Os flamengos (60% dos quase 11 milhões de belgas) querem uma autonomia reforçada para sua região, especialmente nas áreas fiscal e social.

Os francófonos buscam limitar a descentralização pelo temor de perder as transferências financeiras que recebem da parte flamenga. Também consideram o desejo da população de Flandres o início da divisão do país.

 

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