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03/02/2011 - 14h08

Ex-ministros são proibidos de deixar Egito, diz TV

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DA FRANCE PRESSE, NO CAIRO (EGITO)

A Justiça do Egito proibiu nesta quinta-feira um grupo de ex-ministros e ex-funcionários públicos de sair do país, segundo a TV estatal. A lista inclui o ex-ministro do Interior Habib El Adly e o magnata do aço Ahmad Ezz.

"Estão proibidas de viajar para o exterior enquanto suas contas bancárias permanecerem congeladas e até que a segurança seja restabelecida, até que as autoridades investigativas conduzam uma apuração para estabelecer quem é criminal e administrativamente responsável por todos estes eventos", afirmou Abdel Meguid Mahmud à agência estatal Mena.

Além de Al Adly e Ezz, estão sendo investigados os ex-ministros do Turismo, Zoheir Garranah, e da Habitação, Ahmed Al Maghrabi.

A medida vem horas depois do premiê do Egito, Ahmed Shafiq, prometer uma investigação "completa e profunda" da violência na praça Tahrir, epicentro dos protestos há dez dias, para dialogar pessoalmente com os cidadãos que pedem o fim do regime do ditador Hosni Mubarak, no poder há 30 anos.

"A prioridade é descobrir o que aconteceu ontem [nesta quarta-feira]", disse Shafiq. "Para saber se foi planejado, acidental, liderado por uma pessoa, um grupo... Lidaremos de acordo com a lei e logo com quem for responsável pelo que aconteceu ontem e que causou este caos".

Em uma espécie de mea culpa, Shafiq repetiu inúmeras vezes que o papel do Estado é proteger os egípcios e reiterou que a violência não se repetirá. "O que ocorreu foi uma catástrofe e não se repetirá nunca".

Ele disse acreditar que grupos aproveitaram a falta de segurança no local --onde o Exército apenas acompanhou os protestos, sem interagir-- para incitar a violência e disse não descartar uma conspiração.

"Fiquei muito surpreso de ver dromedários nos protestos. Temos dromedários nos arredores do Cairo. Os donos dos dromedários são da indústria de turismo, eles sofrem muito com os protestos", disse Shafiq, sobre uma das cenas mais surpreendentes dos confrontos, quando homens em cavalos e dromedários invadiram Tahrir chicoteando os manifestantes da oposição.

Os manifestantes da oposição acusam o governo de enviar policiais a paisana entre seus apoiadores, inclusive os que invadiram o local nos cavalos e dromedários. Eles afirmam ter detido ao menos 120 pessoas carregando identidades da polícia ou do partido governista quando atacavam manifestantes.

 

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