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06/02/2011 - 18h46

Damas de Branco pedem a integrante que encerre greve de fome

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

As Damas de Branco, grupo que reúne mulheres de presos políticos cubanos, pediram neste domingo a uma colega que encerre a greve de fome que realiza há dez dias para pedir a liberdade de seu marido e outros nove detentos que se recusam a se exilar na Espanha, para evitar que o governo veja o ato como "pressão".

"Que o governo saiba que Alejandrina [García] não está fazendo nenhuma pressão. Está o convidando a refletir, não é um desafio", declarou Berta Soler, uma das líderes das Damas de Branco, cujo marido, Angel Moya, será libertado em breve, segundo a Igreja Católica.

O marido de García, Diosdado González, e outro prisioneiro político, Pedro Argüelles, se declararam em greve de fome em solidariedade a ela, segundo a dissidência.

Ao liderar com Soler neste domingo uma marcha de cerca de 40 mulheres integrantes do grupo pela Quinta Avenida, a leste de Havana, Laura Pollán, a outra líder, informou que elas fizeram o pedido para que García interrompa a greve de fome quando a visitaram, na última quarta-feira.

"Vamos pedir-lhe que desista da greve de fome ou a adie", disse Pollán ao anunciar que visitaram García novamente neste domingo ou na segunda-feira, pois desaprovam o jejum como método de luta.

Pollán comentou que conversou neste domingo com a companheira e que ela se encontra "estável", mas que começam a aparecer alguns problemas de saúde.

Soler e Pollán disseram que El Roque, pequena localidade 170 km ao leste de Havana, onde García realiza a greve de fome, está sitiada pelas autoridades e só podem sair ou entrar os moradores.

González e Argüelles se negaram a viajar a Espanha, assim como 40 presos políticos cubanos que já foram libertados pelo governo do ditador Raúl Castro de um total de 52 comprometido com a Igreja Católica.

Dos 12 que rechaçaram o exílio na Espanha, um foi libertado em novembro passado, outro no última sexta-feira, e Moya que aguarda sua libertação.

Os 52 são os que continuaram na prisão de um grupo de 75 opositores condenados em 2003, desde quando as Damas de Branco, consideradas pelo regime dos Castro "mercenárias" dos EUA, realizam suas caminhadas dominicais para exigir a liberdade de seus familiares.

 

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