Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
06/02/2011 - 19h13

Repórter da Al Jazeera fica detido por sete horas no Cairo

Publicidade

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O Exército deteve neste domingo por sete horas um correspondente do canal em inglês da emissora de TV Al Jazeera no Cairo, segundo a rede, que tem sido o alvo constante durante os protestos antigoverno no Egito.

Ayman Mohyeldin, um cidadão americano, foi detido perto na praça Tahrir, onde pedidos de manifestantes pela saída do poder do ditador Hosni Mubarak continuaram neste domingo pelo 13º dia seguido.

Pressão sobre a imprensa que cobre a crise política no país foi intensificada na semana passada, quando partidários pró-governo, armados com varas, atacaram jornalistas egípcios e estrangeiros assim como ativistas de direitos humanos e outros que observavam e gravavam as cenas violentas.

Dezenas de jornalistas foram detidos, alguns por vários dias. Um jornalista, um repórter egípcio, morreu na sexta-feira após ter levado tiros.

Mohyeldin, que chegou a ser nomeado ao prêmio Emmy, é o correspondente do Egito da Al Jazeera e anteriormente cobriu a guerra na faixa de Gaza.

Hannibal Hanschke/Efe
Pelo 13º dia seguido, manifestantes que pedem a queda do ditador Hosni Mubarak protestam na praça Tahrir, no Cairo
Pelo 13º dia seguido, manifestantes que pedem a queda do ditador Hosni Mubarak protestam na praça Tahrir, no Cairo

A rede de TV árabe acusou as autoridades egípcias ou seus simpatizantes de tentar impedir sua cobertura dos protestos. Na semana passada, o governo do Egito ordenou que a emissora parasse de operar no país.

O escritório da emissora no Cairo chegou a ser destruído e equipamentos, danificados.

ATAQUES

A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) afirmou no sábado que já são ao menos 75 os jornalistas atacados durante a cobertura dos protestos antigoverno. A ONG reiterou ainda a "incrível envergadura da campanha de ódio" lançada contra a imprensa internacional.

A RSF também confirmou a morte do jornalista egípcio Ahmed Mohammed Mahmoud, que trabalhava para o grupo Al-Ahram e que foi atacado por partidários de Mubarak no Cairo.

A organização considera que "todo jornalista no local parece ter sido vítima de um incidente" e, segundo dados obtidos pela ONG, ocorreram ataques contra ao menos 75 profissionais de meios de comunicação enviados para cobrir os protestos.

A cobertura da Al Jazeera tem sido acompanhada em todo o Oriente Médio e está sendo criticada pelos simpatizantes de Mubarak.

Criada em 1996, a emissora tem mais de 400 repórteres em mais de 60 países e operações em árabe e em inglês, segundo seu website.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página