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06/02/2011 - 19h49

Hillary pede a premiê egípcio fim da perseguição a jornalistas

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, afirmou ao premiê do Egito, Ahmad Shafik, que a perseguição e a detenção de jornalistas que cobrem os protestos antigoverno no país "devem parar", segundo informou neste domingo o Departamento de Estado dos EUA.

Hillary conversou por telefone com o Shafik no sábado à noite, acrescentou seu gabinete.

A chefe da diplomacia americana pediu ao premiê que cumpra com as aspirações do povo egípcio. Centenas de milhares de pessoas pedem a renúncia do ditador Hosni Mubarak há 13 dias.

"Também ressaltou que os incidentes de perseguição e detenção de ativistas, jornalistas e outros integrantes da sociedade civil deve parar", acrescenta o comunicado do Departamento de Estado.

O Comitê para a Proteção de Jornalistas, sediado em Nova York, informou que houve pelo menos 114 ataques diretos contra jornalistas e instalações jornalísticas em uma semana no Egito.

Já a ONG Repórteres Sem Fronteira informou no sábado que já são ao menos 75 os jornalistas atacados durante a cobertura dos protestos antigoverno. A ONG reiterou ainda a "incrível envergadura da campanha de ódio" lançada contra a imprensa internacional.

A RSF também confirmou a morte do jornalista egípcio Ahmed Mohammed Mahmoud, que trabalhava para o grupo Al-Ahram e que foi atacado por partidários de Mubarak no Cairo.

A organização considera que "todo jornalista no local parece ter sido vítima de um incidente" e, segundo dados obtidos pela ONG, ocorreram ataques contra ao menos 75 profissionais de meios de comunicação enviados para cobrir os protestos.

AL JAZEERA

Neste domingo, o Exército deteve por sete horas um correspondente do canal em inglês da emissora de TV Al Jazeera no Cairo, segundo a rede, que tem sido o alvo constante durante os protestos antigoverno no Egito.

Ayman Mohyeldin, um cidadão americano, foi detido perto na praça Tahrir, palco dos protestos.

Pressão sobre a imprensa que cobre a crise política no país foi intensificada na semana passada, quando partidários pró-governo, armados com varas, atacaram jornalistas egípcios e estrangeiros assim como ativistas de direitos humanos e outros que observavam e gravavam as cenas violentas.

Dezenas de jornalistas foram detidos, alguns por vários dias. Um jornalista, um repórter egípcio, morreu na sexta-feira após ter levado tiros.

Mohyeldin, que chegou a ser nomeado ao prêmio Emmy, é o correspondente do Egito da Al Jazeera e anteriormente cobriu a guerra na faixa de Gaza.

A rede de TV árabe acusou as autoridades egípcias ou seus simpatizantes de tentar impedir sua cobertura dos protestos. Na semana passada, o governo do Egito ordenou que a emissora parasse de operar no país.

O escritório da emissora no Cairo chegou a ser destruído e equipamentos, danificados.

A cobertura da Al Jazeera tem sido acompanhada em todo o Oriente Médio e está sendo criticada pelos simpatizantes de Mubarak.

Criada em 1996, a emissora tem mais de 400 repórteres em mais de 60 países e operações em árabe e em inglês, segundo seu website.

 

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