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15/02/2011 - 16h47

Eleições no Peru podem ficar sem pesquisas devido a impasse

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DA FRANCE PRESSE, EM LIMA

As eleições gerais peruanas podem ficar sem consultas de opinião depois que um tribunal pôs entraves aos institutos de pesquisa, uma medida considerada por um candidato da oposição e analistas como uma manobra do presidente Alan García para favorecer os candidatos alinhados a ele.

A menos de dois meses das eleições presidenciais e parlamentares, os institutos de pesquisas peruanos destacaram nesta terça-feira a suspensão das atividades até que se reverta a decisão do Juizado Nacional de Eleições (JNE) de pedir às pessoas consultadas o nome, o número do documento de identidade e o endereço.

A medida do JNE causou forte polêmica e até mesmo acusações do ex-presidente Alejandro Toledo --líder nas pesquisas-- de que isto possa ser o começo de uma fraude, da qual acusa diretamente o presidente Alan García.

"Quero expressar meu forte protesto por um ato que me parece absolutamente anticonstitucional, nada democrático e que pode ser o primeiro passo para uma fraude eleitoral", disse Toledo aos meios de comunicação locais.

"Isto é uma mordaça. Não há país algum, nenhuma democracia onde as pesquisas sejam censuradas. O presidente García está apoiando esta medida para proteger seus favoritos", acrescentou.

De fato, García já manifestou apoio à decisão do JNE: "é uma norma positiva; os candidatos devem ter observadores durante o desenrolar das pesquisas", disse, em ato público.

Segundo analistas, diante da falta de um candidato do partido da situação, o presidente García, que tem um longo histórico de diferenças políticas com Toledo, apoia (embora não possa torná-lo público) o ex-prefeito de Lima Luis Castañeda e a congressista Keiko Fujimori.

As eleições presidenciais peruanas estão previstas para o próximo 10 de abril. As últimas pesquisas divulgadas até o momento indicam a liderança do ex-presidente Toledo (27%), seguido de Fujimori (22%) e Castañeda (18%).

 

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