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Egípcios lotam praça no Cairo para comemorar "Dia da Vitória"
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Dezenas de milhares de egípcios realizaram nesta sexta-feira uma "Marcha pela Vitória" para celebrar o fim do governo de 30 anos do ex-ditador Hosni Mubarak que, após 18 dias de protestos antirregime, renunciou há uma semana, e mostrar aos militares o poder das ruas.
O xeque Yousef al Qaradawi, clérigo baseado no Catar e um dos primeiros a apoiar a revolução, disse que o medo foi tirado dos egípcios e afirmou estar confiante de que o Conselho Supremo das Forças Armadas, para quem Mubarak passou o poder, não irá trair a nação.
Marco Longari/AFP | ||
Banda militar marcha pela praça Tahrir, no centro do Cairo, durante comemoração pelo "Dia da Vitória" |
"Peço ao Exército egípcio que nos liberte do governo que Mubarak formou", afirmou Waradawi aos fiéis durante a oração do meio-dia desta sexta-feira na praça Tahrir --que foi o epicentro dos protestos--, depois do que a multidão aplaudiu e balançou a bandeira nacional.
O líder espiritual pediu aos fiéis da mais populosa nação árabe do mundo que sejam pacientes com os novos governantes militares.
O atual gabinete é basicamente o mesmo que Mubarak apontou pouco antes de renunciar à Presidência e uma renovação é esperada para os próximos dias, abrindo um novo capítulo na história moderna do Egito.
A revolução no país, um aliado dos Estados Unidos e que assinou um tratado de paz com Israel, estremeceu a região. Protestos ocorrem na Líbia, Iêmen, Bahrein, Irã e Iraque.
Desde a tarde desta quinta-feira, o ambiente na praça e nos arredores era festivo e podiam ser vistos vários postos que vendiam bandeiras e cartazes que louvavam o que os egípcios não duvidam em chamar de revolução.
Mas a vida no país ainda está longe do normal uma semana após a revolta popular, focada na praça Tahrir, com tanques nas ruas, bancos fechados, trabalhadores em greve, escolas fechadas e protestos contra o governo.
"Não queremos ver essas faces ligadas à corrupção, e violência, e camelos, matando pessoas", disse Qaradawi, referindo-se a um ataque contra manifestantes pró-democracia nos últimos dias da revolta por partidários de Mubarak que carregavam bastões e usaram camelos e cavalos para invadir a praça.
O Ministério da Saúde egípcio informou que 365 pessoas morreram nos 18 dias de protestos.
Na última terça-feira, o Conselho Militar nomeou uma Comissão Constitucional que inclui um representante da Irmandade Muçulmana, principal grupo de oposição do país, que tem oito membros.
A comissão recebeu o prazo de dez dias para elaborar propostas que, em um segundo momento, serão submetidas a um referendo popular.
A Comissão Constitucional é liderada pelo juiz aposentado Tariq El Bishri, e entre os seus outros sete participantes há três especialistas constitucionais e um membro de alto escalão da Irmandade Muçulmana, que era banida durante o governo de Mubarak.
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