Publicidade
Publicidade
Brasil planeja tirar crianças e mulheres do caos líbio
Publicidade
LUIS KAWAGUTI
BRUNO TORANZO
DE SÃO PAULO
JULIANA ROCHA
DE BRASÍLIA
O chanceler Antonio Patriota afirmou que a retirada de mulheres e crianças brasileiras da Líbia é prioridade para o Brasil. Nesta segunda-feira, os governos dos dois países negociaram a retirada de 123 brasileiros de Benghazi, epicentro dos choques, em um avião fretado.
"A ideia era que mulheres e crianças deixassem a Líbia agora, mas, se a situação continuar se deteriorando, esse quadro poderá se transformar", disse Patriota.
Segundo o chanceler, 123 funcionários da construtora Queiroz Galvão pediram ajuda para sair de Benghazi. Um avião fretado pela empresa aguardava, desde domingo (20), autorização para decolar com eles para Trípoli.
Nesta segunda-feira, o embaixador brasileiro na Líbia, George Fernandes, pediu apoio ao premiê líbio. Em Brasília, o embaixador líbio, Salem Al Zubaidi, foi chamado ao Itamaraty para tratar do assunto, mas não deu a autorização.
Pelo menos 50 desses brasileiros estão na mesma casa em Benghazi. A filha de um deles, Mariana Moreira, disse que o pai, Roberto, está nervoso, e que o estoque de água e comida na casa é limitado.
Ela disse que, no último sábado, a embaixada organizou um plano de fuga, mas o grupo não conseguiu chegar ao aeroporto. "O governo tem de se mexer. Quero um plano B do Itamaraty", disse.
Patriota disse que, além dos 123 funcionários da construtora, outros 30 brasileiros pediram ajuda para sair de Benghazi. O Itamaraty negocia com o governo português, que também tem cidadãos na cidade, uma solução conjunta de socorro.
Porém, nem todos os brasileiros na Líbia desejam retornar agora ao Brasil. Segundo o Itamaraty, cerca de 600 brasileiros vivem no país, 400 deles só na capital.
Além da Queiroz Galvão, a Odebrecht disse ter 187 funcionários brasileiros no país e a Petrobras, 10. A Andrade Gutierrez não disse quantos funcionários possui na Líbia.
A Odebrecht disse, em nota, estar tentando retirar seus funcionários. Já a Petrobras disse que seu grupo não está em uma área de perigo.
Patriota disse que a embaixada está em contato permanente com os brasileiros que pediram ajuda para deixar Benghazi ou o país. O Itamaraty diz ter planos de contingência para socorrer brasileiros se a violência aumentar.
REPÚDIO
Patriota repudiou nesta segunda-feira a violência contra manifestantes desarmados na Líbia, durante visita à Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). "[As autoridades líbias] alcançaram um padrão de violência absolutamente inaceitável", disse.
O chanceler afirmou que a situação da Líbia pode ser introduzidas no Conselho de Segurança da ONU --cuja Presidência o Brasil ocupa neste mês. Porém, segundo ele, não há consenso entre os 15 membros, e os temas só são tratados informalmente.
Mais tarde, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que o tema deve ser discutido hoje.
+ Canais
- Acompanhe o blog Pelo Mundo
- Acompanhe a Folha Mundo no Twitter
- Acompanhe a Folha no Twitter
- Conheça a página da Folha no Facebook
+ Notícias sobre Líbia
- ONU pede a Gaddafi que violência na Líbia cesse "imediatamente"
- EUA pedem que funcionários não essenciais deixem a Líbia
- Aviões atacam manifestantes antigoverno em Trípoli, diz TV
+ Notícias em Mundo
+ Livraria
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice