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02/03/2011 - 12h32

Irã acusa EUA de encorajar protestos e pede julgamento de opositores

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DA EFE, EM TEERÃ

O Parlamento iraniano acusou nesta quarta-feira os Estados Unidos, o Reino Unido e Israel de encorajarem os protestos da oposição ocorridos em 14 de fevereiro e voltou a pedir o julgamento dos dois principais líderes opositores, Mehdi Karoubi e Mir Hossein Mousavi.

O paradeiro destes dois últimos é incerto desde a data mencionada, quando a polícia secreta os colocou em prisão domiciliar junto com suas esposas.

Seus filhos, que não conseguiram vê-los desde então, denunciam que eles foram presos e transferidos a uma cadeia do leste de Teerã, informação negada pelas autoridades.

Em declarações à agência de notícias estatal Irna nesta quarta-feira, o deputado iraniano Hussein Garusi acusou os dois de receberem apoio de Washington, Londres e Tel Aviv e pediu que sejam processados.

"A partir de nossas investigações, ficou demonstrado que [esses países] tentaram relacionar os levantes nos Estados islâmicos com as intrigas de certas pessoas [no Irã]. Buscavam perturbar a opinião pública e agitar a sociedade", afirmou.

Durante a sessão, foi apresentado o relatório da comissão especial para investigar as manifestações de 14 de fevereiro, nas quais morreram duas pessoas cuja fidelidade é disputada pelo regime e pela oposição.

Na ocasião, dezenas de pessoas foram presas, entre elas o cônsul espanhol em Teerã, Ignacio Pérez Cambra, que foi posto em liberdade quatro horas depois.

A este respeito, a comissão especial pediu a atuação do Ministério das Relações Exteriores, já que "a implicação de embaixadas estrangeiras está comprovada".

"A intervenção de embaixadas e de seus agentes, tanto nos protestos de 2009 como no de 14 de fevereiro, é inaceitável", afirmou.

As manifestações se repetiram nesta terça-feira à noite, quando milhares de pessoas saíram às ruas para pedir a libertação de Mousavi e Karoubi, cujo paradeiro é desconhecido.

Neste sentido, a comissão pediu o julgamento dos dois ex-candidatos, que denunciaram como fraudulenta a reeleição em 2009 do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad.

Por outro lado, o chefe dos serviços de Inteligência da Guarda Revolucionária, Hussein Taeb, assinalou que Washington planejava há muito tempo criar redes para se introduzir no Irã, o que tentou através dos protestos pós-eleitorais.

 

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